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Eletrônica

Microprocessador detecta gripe

Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/11/2003


Uma equipe de pesquisadores da Universidade do Colorado (Estados Unidos) está desenvolvendo um microchip capaz de diagnosticar a gripe. Batizado de "Flu Chip" (Microprocessador da Gripe), o novo equipamento irá auxiliar os médicos na diferenciação entre os três tipos de vírus da influenza e de outros vírus que causam sintomas similares, como o vírus da SARS ("Severe Acute Respiratory Syndrome"), pneumonia asiática.

Embora o vírus da SARS tenha chamado a atenção do mundo recentemente, ele causou a morte de apenas 1.000 pessoas até agora. Mas apenas o tipo A do vírus da influenza, conhecida como gripe espanhola, causa cerca de 500.000 mortes por ano.

A equipe, coordenada pelos professores Kathy Rowlen e Robert Kuchta, está construindo o microprocessador da gripe a partir das estruturas utilizadas para seqüenciamento do DNA, os chamados "DNA microarrays". Estas microestruturas representam a tecnologia mais promissora para a identificação de "assinaturas" genéticas e detecção de elementos patogênicos. São formadas por minúsculos furos em uma superfície, cada um medindo apenas alguns micrômetros de diâmetro. Pequenas cadeias de DNA são colocadas nesses furos, cada uma delas projetada de forma a capturar seqüências genéticas específicas de uma amostra.

Os furos são abastecidos por robôs com as amostras dos pacientes. A microestrutura funciona de forma simples, bastando aquecê-la e aguardar-se seu resfriamento, compondo um processo chamado hibridização. O resultado vem na forma de uma imagem, onde cada furo representa um bit. Conhecendo-se a identidade de segmentos específicos do DNA, conhecidos como oligonucleotídeos, localizados em furos determinados da microestrutura, pode-se determinar quais bits de informação estavam presentes na amostra do paciente.

O chip da gripe fará exatamente a mesma tarefa, mas sem a necessidade de se enviar a amostra para o laboratório. O chip representará uma forma portátil, prática, barata e mais rápida de se efetuar o teste, podendo dar o resultado em menos de uma hora. Isto permitirá que equipes volantes possam efetuar testes em locais específicos, dando diagnósticos precisos e mais rapidamente.

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