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Eletrônica

Tecnologia de armazenamento óptico 3-D poderá substituir discos por cubos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/12/2006

Tecnologia de armazenamento óptico 3-D poderá substituir discos por cubos

Ninguém se espanta mais com as promessas dos meios de armazenamento da "próxima geração". Até hoje a maioria dos computadores é vendida com equipamentos capazes de ler disquetes com 1,44 MBytes cada um. Só que os DVDs mais modernos, utilizando laser azul, já conseguem gravar 50 Gigabytes em um único disco de duas camadas. Ou seja, cada um desses discos ópticos substitui quase 35.000 daqueles prosaicos disquetes.

Mas os discos ópticos têm um problema intrínseco: eles utilizam laser para efetuar a gravação e laser para fazer a leitura. Só que a luz age sempre da mesma forma: ela não consegue ser "mais suave" quando está apenas lendo. O resultado é que a informação armazenada se degrada e é eventualmente perdida. Da mesma forma como acontecia nas "antigas" fitas VHS, nas quais os filmes iam ficando cada vez piores à medida em que os assistíamos repetidas vezes.

O problema vai ficando mais sério à medida em que a densidade de dados aumenta. À medida que cada disco armazena mais dados, cada bit tem um espaço decrescente e precisa ser lido com mais precisão. Sendo menor, ele é também mais delicado e pode ser danificado mais facilmente.

Agora, cientistas da Universidade da Flórida, Estados Unidos, descobriram uma técnica que evita que os bits sejam danificados progressivamente à medida que são lidos.

A importância da descoberta pode ser vislumbrada com as capacidades que passam a ser possíveis de se armazenar em um único disco: 500 filmes de alta definição, algo como 1.000 Gigabytes. Ou seja, 20 DVDs de última geração. Mas ninguém precisará ficar preso ao velho formato dos discos: os dados poderão ser armazenados em pequenos cubos, por exemplo.

"Há tempos, a comunidade [científica] tem sido capaz de gravar dados em materiais fotocrômicos em várias camadas," diz o professor Kevin D. Belfield, coordenador da pesquisa. "O problema era que ninguém sabia como ler os dados sem os destruir. Mas nós resolvemos isso."

O processo envolve o disparo de lasers de duas cores na superfície de gravação. O uso de dois lasers cria uma imagem muito específica que tem melhor definição do que as produzidas com as tecnologias atuais. A gravação somente é feita com a combinação adequada de duas cores, ou dois comprimentos de onda de luz. O mesmo não acontece na leitura, que continua podendo ser feita com um laser único, sem danos para a imagem original.

A tecnologia ainda precisa ser aprimorada antes que possa chegar ao mercado. Os pesquisadores estimam que deverão ter seus primeiros resultados práticos, eventualmente um protótipo, dentro de três anos.

Bibliografia:

Artigo: Two-Photon 3D Optical Data Storage via Fluorescence Modulation of an Efficient Fluorene Dye by a Photochromic Diarylethene
Autores: C. C. Corredor, Z.-L. Huang, K. D. Belfield
Revista: Advanced Materials
Vol.: Volume 18, Issue 21 , Pages 2910 - 2914
DOI: 10.1002/adma.200600826
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