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Eletrônica

Doenças neuro-musculares poderão ser monitoradas pelos ruídos dos músculos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/05/2007

Doenças neuro-musculares poderão ser monitoradas pelos ruídos dos músculos

Cientistas descobriram que uma técnica utilizada para ouvir sons nas profundezas do oceano, como o canto das baleias, também pode ser utilizado para o monitoramento de doenças neuro-musculares, evitando que os pacientes tenham que se submeter a elevadas doses de radiação.

Doenças neuro-musculares

Da mesma forma que a vida marinho, nossos músculos fazem barulho sempre que se movem - mais especificamente, quando se contraem. Não é um ruído que chegue a nos incomodar ou sequer a ser detectado facilmente pelos nossos ouvidos. Mas são ruídos fortes o suficiente para serem detectados por sensores eletrônicos - como microfones de alta sensibilidade, por exemplo.

Agora, a equipe do Dr. Karim Sabra, da Universidade de San Diego, Estados Unidos, resolveu tirar proveito do som dos músculos se movendo para criar uma nova forma de monitoramento de doenças neuro-musculares, como a distrofia muscular, por exemplo.

Com a nova técnica, os pacientes não precisarão se submeter a repetidas seções de radiação. Os exames para detecção de doenças musculares e de lesões causadas nas atletas pelas práticas desportivas hoje são feitos utilizando-se raios-X e imageamento por ressonância magnética.

Ruídos dos músculos

Os sons produzidos pelos músculos vêm da contração de filamentos de actomiosina, uma proteína complexa responsável pela liberação da energia necessária à contração muscular.

O som dos músculos pode ser ouvido com microfones de precisão ou com acelerômetros montados sobre a pele, e os resultados plotados na forma de um gráfico na tela de um computador. As alterações na rigidez muscular dão uma medida precisa das alterações causadas pela progressão das doenças neuro-musculares ou por acidentes.

A nova técnica foi chamada de elastografia passiva, consistindo em um método não-invasivo e de baixo custo. Ela foi originalmente desenvolvida para se ouvir sons em ambientes subaquáticos, mais especificamente nas profundezas do oceano e só agora adaptada para uso clínico.

Bibliografia:

Artigo: Passive in vivo elastography from skeletal muscle noise
Autores: Karim G. Sabra, Stephane Conti, Philippe Roux, W. A. Kuperman
Revista: Applied Physics Letters
Data: 7 May 2007
Vol.: Vol.90, 194101
DOI: 10.1063/1.2737358
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