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Eletrônica

Biochip monitora efeitos da medicação sobre células cancerosas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/06/2007

Biochip monitora efeitos da medicação sobre células cancerosas

O monitoramento do efeito dos medicamentos sobre as células cancerosas agora pode ser feito antes do tratamento e fora do corpo do paciente, graças a um microlaboratório do tamanho de um chip de computador. O lab-on-a-chip irá permitir que os médicos escolham o tipo mais eficiente de medicação e a dose adequada para cada tipo específico de célula cancerosa.

O novo chip microfluídico foi desenvolvido pelo pesquisador Floor Wolbers para sua tese de doutoramento na Universidade de Twente, Holanda. Graças às minúsculas dimensões dos canais do chip, são necessárias apenas algumas poucas células para que a análise seja feita, dispensando até mesmo a necessidade de uma biópsia cirúrgica.

Morte programada das células

O microlaboratório está sendo chamado de "chip da apoptose" - apoptose é o processo de morte programada da célula. Seu funcionamento baseia-se na ocorrência de um tipo especial de apoptose, chamado de anoikis: as células deixam sua colônia quando morrem. As células cancerosas também se separam de sua matriz mas, ao invés de morrerem, vão se metastatizar em outros locais do organismo.

Esta diferença entre células sadias e células do câncer pode ser vista claramente no interior do microlaboratório. Células do endotélio sadias, na presença de TNF-alpha, mostram as características da apoptose e então começam a se descolar a matriz celular, morrendo em seguida.

Já células do câncer de mama, sob a influência da mesma substância, começam a sinalizar a apoptose, mas quando saem de sua colônia não necessariamente morrem - não acontece a anoikis - e começa o processo de metástase.

Medicação para o câncer

Utilizando o chip, os pesquisadores poderão testar todos os tipos de medicamentos disponíveis, além de desenvolver novos, testando rapidamente seus efeitos sobre a morte da célula cancerosa.

A nova técnica já está pronta para ser aplicada em testes clínicos, apesar de ainda ser necessário um microscópio óptico para acompanhar os resultados. O cientista agora planeja acrescentar a parte eletrônica e de interface ao chip, para que os resultados possam ser acompanhados sem a necessidade de equipamentos externos.

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