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Energia

Nova técnica permite inspeção de materiais extremamente finos

Agência USP - 07/01/2005

Nova técnica permite inspeção de materiais extremamente finos

Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma nova técnica para a inspeção de materiais extremamente finos, como papéis, notas de dinheiro, impressões digitais, folhas de plantas e culturas de bactérias, por meio de imagens obtidas por Radiografia Induzida por Nêutrons (RIN). O trabalho foi coordenado por Reynaldo Pugliese, pesquisador do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).

"A técnica possui uma alta sensibilidade e nos fornece imagens que os métodos convencionais não conseguem captar", conta Pugliese. "Podemos, por exemplo, observar com precisão marcas feitas em notas de dinheiro (como as marcas d'água, que servem para identificar possíveis notas falsas) que a olho nu ou em fotografias comuns seriam impossíveis de serem vistas", explica.

Nas plantas, consegue-se observar claramente os nutrientes no interior do caule da folha. Já nas impressões digitais, há uma riqueza de detalhes maior do que em qualquer outro método. "A partir disto, seria possível criar, por exemplo, um banco de dados com estas impressões", sugere o pesquisador.

O que difere a Radiografia Induzida por Nêutrons (RIN) do método convencional, que utiliza raios-X, é a característica da radiação penetrante empregada. Neste caso, ao invés de raios-X, são utilizados feixes de elétrons e de partículas alfa, obtidos a partir de nêutrons produzidos no reator nuclear IEA-R1, do Ipen.

Enquanto os raios-X conseguem uma penetração significativa em grande parte dos materiais, estas outras formas de radiação adentram somente centésimos ou mesmo milésimos de milímetros no objeto em análise. Entretanto, em ambos os casos, a imagem é formada por diferenças no grau de atenuação da radiação penetrante que cada material em estudo apresenta.

Recentemente, Pugliese, junto a um pesquisador suíço, publicou artigo em revista especializada sobre a aplicação da RIN na identificação de notas no país de seu colega. E faz questão de dizer: "esta técnica foi desenvolvida aqui, no Brasil, no IPEN, com pesquisadores e materiais nossos", finaliza.

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