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Nave com motor iônico deverá explorar Netuno

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/01/2005

Nave com motor iônico deverá explorar Netuno

Ao ver os resultados das viagens das atuais sondas espaciais, muitos não se dão conta de que elas são resultado de projetos nascidos há décadas atrás. A Cassini-Huygens, por exemplo, que já passou por Júpiter e agora está descobrindo maravilhas sobre Saturno e suas luas, foi lançada há mais de 10 anos, e planejada desde uma década antes.

Baseados nas atuais descobertas, tanto das sondas quanto dos telescópios espaciais, os cientistas agora já estão planejando o próximo passo. Eles querem chegar ainda mais longe no Sistema Solar. O próximo alvo é Netuno.

Em 30 anos, uma sonda espacial movida a energia nuclear deverá estar explorando Netuno e suas luas como hoje a Cassini-Huygens está desvendando os mistérios de Saturno. O principal objetivo, além de conhecer melhor nossos vizinhos, é avançar o conhecimento sobre a formação dos planetas.

A missão para investigar Netuno deverá ser lançada entre 2016 e 2018 e chegar ao seu destino em 2035. A missão deverá lançar três sondas para estudar a atmosfera de Netuno e dois robôs para explorar Tritão, a maior lua do planeta.

A NASA fez várias missões a Júpiter e Saturno, conhecidos como os gigantes gasosos, porque ambos são feitos predominantemente de hélio. Até 2012 essas investigações terão resultado em ricas informações sobre as propriedades físicas e químicas dos dois planetas e de seus satélites naturais.

O próximo objetivo é conhecer os gigantes de gelo: Netuno e Urano. "Como eles estão muito distantes, Netuno e Urano representam algo que contém mais da 'massa original', a névoa que se condensou para formar planetas," afirma Paul Steffes, coordenador do projeto. "Netuno é um planeta mais original. Ele é menos influenciado pelos materiais próximos do Sol e sofre menos colisões de cometas e asteróides. Ele é mais representativo do sistema solar original do que Júpiter e Saturno."

A sonda, ainda sem nome definido, será movida por um motor iônico. Um foguete de combustível químico tradicional deverá levar a nave até a órbita da Terra. Daí em diante, um pequeno reator de fissão nuclear - derivado dos reatores utilizados em submarinos - fornecerá energia elétrica para alimentar o motor iônico. Motores iônicos geram empuxo expelindo íons, partículas eletricamente carregadas geralmente extraídas de um gás nobre. A Agência Espacial Européia está utilizando esse tipo de motor em sua sonda SMART-1, que está atualmente estudando a superfície lunar.

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