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Materiais Avançados

Células solares plásticas e baratas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/04/2002

Células solares plásticas e baratas

Pesquisadores da Universidade de Berkeley (Estados Unidos), financiados pelo Departamento de Energia norte-americano, descobriram uma forma de construir células solares plásticas a baixo custo. Elas são tão flexíveis que podem ser pintadas em qualquer superfície, podendo ser utilizadas para fornecer energia para dispositivos eletrônicos portáteis.

Células solares não são exatamente um exemplo de eficiência. As células fotovoltaicas comerciais atuais, feitas a partir de silício policristalino, convertem cerca de 10% da energia luminosa em energia elétrica. As melhores, e mais caras, são baseadas em arseneto de gálio e podem converter até 35% da luz em eletricidade. As células plásticas agora apresentadas estão bem aquém dos dois grupos, chegando a uma eficiência de apenas 1,7%. Mas os pesquisadores argumentam que a tecnologia é nova e deverá apresentar progressos.

Segundo Janke Dittmer, um dos pesquisadores, "a beleza de tudo isso é que podemos colocar as células solares diretamente no plástico, o que possibilita uma flexibilidade ilimitada. Isto permite toda uma série de novas aplicações, tal como colocar células solares na roupa, para fornecer energia para LED, rádios ou pequenos processadores."

A nova célula solar apresentada é um material híbrido, formado por nanobastões (blocos quimicamente puros, de cerca de 100 a 100.000 átomos, ou cerca de 1 nanômetro) dispersos em um plástico ou polímero orgânico. Os nanobastões são feitos de seleneto de cádmio e chegam a medir até 60 nanômetros. O tamanho é importante para que se aumente a quantidade de luz absorvida. Uma camada de apenas 200 nanometros de espessura desse material é coberta por eletrodos, podendo gerar, no presente estágio da pesquisa, 0,7 volts. As camadas de eletrodos e de nanobastões podem ser aplicadas em passagens separadas, tornando o processo de produção muito barato. E, ao contrário das células fotovoltaicas baseadas em silício, as células plásticas podem ser produzidas sem a necessidade de salas limpas ou câmaras de vácuo.



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