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Materiais Avançados

Cromo à prova de sujeira

Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/11/2002


Há poucos anos atrás seria impensável a fabricação de produtos metálicos à prova de manchas, produzidas pela secagem da água ou de sabão. Embora este seja um forte argumento de mercado para produtos como pias e banheiras, por exemplo, não havia tecnologia para a fabricação desses revestimentos. Embora fosse possível a criação de superfícies microestruturadas, o material utilizado era pouco resistente ao impacto mecânico, além de tirar todo o brilho da superfície revestida.

Uma solução mais plausível seria a aplicação de camadas de compostos sol-gel contendo silicatos, que são duros e não aderentes. Graças à sua textura extremamente lisa, eles minimizam a tendência de retenção, por parte da superfície recoberta, de marcas de dedos e outras sujeiras. E, para sujeiras mais teimosas, o trabalho de limpeza é grandemente facilitado. Mas tal solução exigiria um processo de produção altamente sofisticado, tornando-o inviável economicamente. As maiores dificuldades técnicas residem na perda de aderência do revestimento ao material revestido.

Agora, pesquisadores do Instituto Fraunhofer (Alemanha) descobriram uma maneira eficiente e barata de fazer revestimentos em metais. Eles desenvolveram o novo método trabalhando em nada menos do que cromo, um dos metais de mais difícil revestimento, mas de grande apelo mercadológico.

O problema com o cromo é a camada de óxido que se forma sobre o metal com o simples contato com o oxigênio do ar. A equipe do Fraunhofer, chefiada pelo Dr. Siegfried Berg, trabalhou em conjunto com empresa FEW Chemicals. O objetivo básico do trabalho era o revestimento de acessórios cromados de banheiro.

Os pesquisadores descobriram como tratar a superfície antes de aplicar o tratamento. Este tratamento pode ser feito por ativação química por agentes de limpeza e redutores que transformam o óxido em cromo metálico. A ativação física é feita por meio da aplicação de um jato de íons de argônio eletricamente acelerados sobre a superfície do metal. Este bombardeamento remove a camada superior de átomos de oxigênio e cromo. Os resultados da implementação desses processos foram altamente satisfatórios. A seguir, foi aplicada a camada de compostos sol-gel, que então apresentaram as características de resistência química desejadas. Agora os cientistas estão trabalhando na adaptação dos processos para um ambiente real de produção.



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