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Materiais Avançados

Materiais autolimpantes são produzidos com raios laser

Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/01/2007

Materiais autolimpantes são produzidos com raios laser

Na busca incessante por materiais autolimpantes, os cientistas já apresentaram diversas soluções. Já há vidros autolimpantes no mercado, mas há também soluções ainda em escala de laboratório, como um tecido que neutraliza toxinas, um material que elimina a necessidade de lubrificação e até um tecido que "arrepia" sob ação da luz, estes dois últimos imitando o efeito apresentado pela flor de lótus.

Nesta mesma linha de tentar imitar a natureza, cientistas holandeses da Universidade de Twente descobriram uma nova técnica para reproduzir a estrutura das folhas de lótus - estas folhas nunca se sujam, porque as gotas d'água escorrem por sua superfície carregando qualquer sujeira que tenha se depositado lá.

O segredo das folhas de lótus é uma cobertura de minúsculos pilares, contendo no topo um material parecido com cera. Esses pilares impedem que as fotas se espalhem, molhando a folha - ao invés disso elas permanecem esféricas e simplesmente rolam folha abaixo.

Agora, o pesquisador Max Groenendijk descobriu como gerar uma estrutura semelhante a esta na superfície de plásticos e de vários outros materiais, utilizando pulsos ultra rápidos de laser.

Os pulsos de luz do laser de femtossegundos são tão curtos e rápidos que funcionam como se fossem projéteis, com os quais a superfície do material a ser tratado é bombardeada. O tratamento é feito em dois passos.

Na primeira passagem, os disparos de laser retiram uma parte do material superficial, criando um padrão parecido com ondas. O desenho desse padrão pode ser configurado ajustando-se os padrões do raio laser, como velocidade, intensidade e polarização.

No segundo passo são desenhadas linhas perpendiculares às ondas. O resultado é uma malha de pilares que não apenas funciona tão bem quanto a estrutura biológica das folhas de lótus como ainda dispensa a necessidade da cera natural da planta.

Depois de tratada, a superfície passa a apresentar uma textura sedosa, muito mais agradável ao tato do que o plástico comum.

Os cientistas agora vão tentar aprimorar a técnica para que ela possa ser utilizada em escala industrial.

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