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Materiais Avançados

Córnea artificial poderá acabar com lista de espera para transplantes

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/10/2007

Córnea artificial poderá acabar com listas espera para transplantes

Estima-se que 25.000 brasileiros estejam hoje na fila de espera para um transplante de córnea. Apesar de diferenças entre os diversos estados, a situação está bem aquém do desejado pela simples falta de doadores.

Agora, pesquisadores do Instituto Fraunhofer, da Alemanha, estão se preparando para fazer os primeiros testes com uma córnea artificial, que poderá acabar com o problema das filas de espera no mundo todo.

Córnea artificial

Já houve muitas tentativas de se produzir córneas artificiais, mas até agora praticamente sem sucesso. Isso se deve principalmente pelas características conflitantes que se exige do material com que a córnea deve ser fabricada - o material deve fixar-se firmemente nas células do tecido natural que fica ao seu redor, mas o contrário não pode ser verdadeiro, ou seja, as células não podem crescer sobre o material, o que fatalmente impediria a visão.

A equipe do Dr. Joachim Storsberg acredita ter encontrado a solução. "Nossas córneas artificiais são baseadas em polímeros disponíveis comercialmente que não absorvem água e não permitem que células cresçam sobre eles," diz o cientista.

Implante seletivo

Inicialmente o polímero é modelado no formato da córnea. A seguir os pesquisadores o recobrem de forma seletiva. Nas bordas é criada uma película com proteínas que permitem a fixação das células da córnea natural, fixando o implante.

A parte central da córnea artificial é recoberta com um polímero hidrofílico, que mantém a característica original de transparência, não permitindo o crescimento de células. Sendo hidrofílico, ele é sempre umedecido pelas lágrimas.

Outro desafio a ser vencido foi evitar que as proteínas que fazem a fixação das bordas da córnea artificial fossem destruídas no processo de esterilização termal. A solução foi construí-las planas, sem a estrutura tridimensional típica das grandes proteínas.

Os testes iniciais foram feitos em coelhos. As avaliações clínicas em pacientes humanos deverão começar em 2008.

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