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Nanotecnologia

Pinças elétricas: estudante cria ferramenta que manipula micropartículas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/08/2006

Pinças elétricas  estudante cria ferramenta que manipula micropartículas

A capacidade para manipular partículas microscópicas logo poderá estar ao alcance de cientistas amadores e pequenos laboratórios, graças a uma pesquisa feita por cientistas da Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos. Eles criaram um equipamento chamado de "pinça elétrica", capaz de manipular e mover praticamente qualquer objeto visto pela lente de um microscópio.

Pinças ópticas já existem há bastante tempo - dispositivos já largamente utilizados em grandes laboratórios. Baseados em raios laser, esses equipamentos chegam a custar US$250 mil cada um. Já as pinças elétricas, criadas pelo estudante Brian Edwards, poderão ser construídas ao preço de um computador pessoal.

"As pinças criam um campo elétrico que você pode utilizar para manipular praticamente qualquer objeto em escala microscópica. Elas têm o potencial para se tornar uma poderosa ferramenta de pesquisa," diz Edwards.

"Eu preferiria não colocar um limite ao tipo de tarefa que pode ser feita com o equipamento, mas eu espero que ele encontre usos em qualquer coisa, da retirada de células individuais de uma cultura até a fabricação de circuitos," diz o pesquisador.

Tudo o que é necessário para se utilizar as pinças elétricas é um computador e um microscópio. A ação das pinças ocorre sobre uma lâmina comum de microscópio dotada de cinco eletrodos. Esses eletrodos criam um campo elétrico que pode ser utilizado para puxar, empurrar, mover e girar um objeto selecionado em qualquer direção, sem contato físico. Utilizando o programa de computador que Edwards desenvolveu, o objeto pode ser selecionado a partir da imagem do microscópio projetada na tela do computador.

As pinças elétricas utilizam um fenômeno conhecido como dieletroforese, por meio do qual um campo elétrico exerce uma força sobre uma partícula neutra. Como diferentes tipos de partículas reagem de forma distinta ao campo elétrico, é possível mover a partícula selecionada sem interferir com as demais.

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