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Nanotecnologia

Exame de laboratório poderá ser feito por estrutura impressa em papel

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/02/2007

Exame de laboratório poderá ser feito por estrutura impressa em papel

Laboratório no chip

Biochips, "lab-on-a-chip", chips microfluídicos, microlaboratórios - são todos nomes para uma tecnologia relativamente recente, ainda em estágio de aperfeiçoamento, que está revolucionando a forma como são feitos os exames laboratoriais e as pesquisas com fármacos e medicamentos - veja Biochips agora têm seu próprio sistema óptico.

Esta tecnologia poderá acabar de vez com a tradicional peregrinação dos pacientes que precisam ir ao consultório médico, depois ir ao laboratório e coletar as amostras, voltar alguns dias depois para pegar os resultados e finalmente ir ao médico para receber seu diagnóstico.

Chip de papel

Agora pesquisadores da Universidade de Harvard, Estados Unidos, adotaram um novo enfoque capaz de oferecer praticamente todas as vantagens e possibilidades dos microlaboratórios, só que baseado em uma tecnologia muito mais simples e barata.

A equipe do Dr. George Whitesides desenvolveu o protótipo de um novo dispositivo incrivelmente prático e capaz de efetuar testes biológicos em fluidos como sangue e urina ou qualquer outro fluido, corporal ou não.

Em vez de um biochip de última geração - e caro - a nova tecnologia utiliza um pequeno pedaço de papel no qual os microcanais são impressos. O papel, do tipo altamente absorvente, é tratado com uma cobertura fotossensível e recoberto com uma máscara que é o negativo do padrão de microcanais desejado.

Quando o papel é irradiado com luz ultravioleta, as moléculas da cobertura fotossensível se alteram, de forma que o aquecimento a que são submetidas a seguir converta-as em uma camada contínua de polímeros. A cobertura não tratada - equivalente à sombra da máscara - pode ser retirada por um processo de lavagem química que não danifica o papel, enquanto o polímero fica grudado, formando as paredes dos microcanais.

Reagentes

Os microcanais, medindo apenas alguns décimos de milímetro, têm uma vantagem essencial: suas paredes são repelentes à água, o que faz com que os fluidos movimentem-se em seu interior.

Como são impressos, os cientistas conseguem desenhar qualquer padrão de canais que desejarem. No protótipo eles têm a forma dos canais da folha de trevo, com um canal principal ramificando-se em três minúsculas câmaras.

Reagentes de diferentes cores são introduzidos em cada uma dessas câmaras e deixados secar. A primeira câmara contém um reagente para o teste de glicose e o segundo para um teste de proteína; o terceiro é um reagente de controle.

Quando uma gota do líquido a ser analisado é introduzida, a ação da capilaridade rapidamente transporta-a para as todas as três câmaras, onde os testes são efetuados instantaneamente. A sensitividade da detecção é comparável aos testes convencionais feitos em laboratórios clínicos.

Embora os canais sejam abertos em sua parte superior, os testes não são afetados por contaminação por poeira ou quaisquer outros resíduos, porque essas partículas não são absorvidas pelo papel.

Bibliografia:

Artigo: Patterned Paper as a Platform for Inexpensive, Low-Volume, Portable Bioassays
Autores: Andres W. Martinez, Scott T. Phillips, Manish J. Butte, George M. Whitesides
Revista: Angewandte Chemie International Edition
Data: 9 Jan 2007
Vol.: Volume 46, Issue 8 , Pages 1318 - 1320
DOI: 10.1002/anie.200603817
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