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Nanotecnologia

Nanotubos inorgânicos podem ser fabricados com controle preciso de suas dimensões

Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/09/2007

Nanotubos inorgânicos têm processo de fabricação mais simples

Os nanotubos de carbono já são famosos e ocupam um pedestal reservado para os materiais mais promissores para as próximas décadas. Como tudo que contém carbono em sua composição química é chamado de orgânico, os nanotubos são orgânicos por excelência - eles são formados unicamente por átomos de carbono dispostos num formato parecido com o de uma tela de galinheiro enrolada.

Nanotubos inorgânicos

Agora, cientistas do Instituto de Tecnologia da Georgia, nos Estados Unidos, estão ajudando a viabilizar um novo tipo de nanotubo - um nanotubo inorgânico. Ao invés de carbono, essa nova categoria de nanotubos é feita com óxidos metálicos em combinação com silício e germânio, os elementos mais utilizados pela indústria eletrônica.

Os nanotubos inorgânicos podem ser fabricados em água e permitem um melhor controle sobre suas dimensões (diâmetro e comprimento). A dificuldade nesse controle é o maior entrave atual à fabricação de nanotubos de carbono de alta qualidade e, por conseqüência, ao seu uso em larga escala.

Hoje, 1 grama de nanotubos de carbono de parede simples - uma parede com apenas 1 átomo de espessura - custa cerca de US$150,00. Você ganha descontos se quiser comprar por atacado, mas vai pagar uns US$50 mil por quilo.

Fabricação de nanotubos

Para viabilizar a fabricação dos nanotubos de óxidos metálicos, os pesquisadores estão agora definindo os parâmetros que permitem que esses canos nanoscópicos emerjam sempre nas mesmas dimensões de uma sopa de compostos químicos diluídos em água.

"Nós estamos interessados em desenvolver a ciência desses materiais ao ponto de podermos manipular sua curvatura, comprimento e estrutura interna de forma sofisticada por meio de um processo químico barato, à base de água e sob condições normais," diz o pesquisador Sankar Nair.

Dimensões dos nanotubos

Nair e sua equipe já conseguiu fabricar nanotubos de aluminosilicogermânio (AlSiGeO) com grande precisão e controle. Segundo ele, os parâmetros são quantificáveis a ponto de se obter uma precisão de nível molecular para a estrutura dos nanotubos que serão fabricados.

Os experimentos mostraram que a variação da quantidade de germânio e silício na solução faz com que as folhas de hidróxido de alumínio formem nanotubos com diâmetros entre 1,5 e 4,8 nanômetros de diâmetro e comprimento de menos de 100 nanômetros. Eles acreditam ter chegado a um princípio geral, mas que ainda precisará ser testado com outros metais e óxidos.

Bibliografia:

Artigo: Controlling Nanotube Dimensions: A Correlation between Composition, Diameter and Internal Energy of Single-Walled Mixed Oxide Nanotube
Autores: Sankar Nair, Suchitra Konduri, Sanjoy Mukherjee
Revista: Submited
Data: August 2007
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