Logotipo do Site Inovação Tecnológica





Mecânica

Carro de corrida é movido a gás de cozinha e óleo de girassol

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/11/2004

Carro de corrida é movido a gás de cozinha e óleo de girassol

Graças a uma equipe de engenheiros franceses, juntar gás de cozinha e óleo de girassol pode agora resultar em algo mais do que receitas culinárias. Pode resultar, por exemplo, num super carro de corrida não poluente.

"O carro do futuro terá que respeitar o meio-ambiente. Esta é a única forma de criarmos um sistema de transporte auto-sustentável," afirma Alain Lebrun, coordenador do projeto IdéeVerte Compétition, cujo desafio é a criação de um carro de corridas competitivo e com o menor nível possível de emissão de poluentes.

O combustível escolhido foi o GLP - Gás Liquefeito de Petróleo, o conhecido gás de cozinha, um dos combustíveis menos poluentes do mundo. E, como carros de corrida funcionam no limite da resistência mecânica, ele também deve ter um lubrificante digno de ser chamado de ambientalmente correto. Para isso foi escolhido o óleo de girassol.

Para quem acha que "carros verdes", também chamados de ambientalmente corretos, têm que parecer extravagantes e andar lentamente, o protótipo alcança a velocidade final de 315 km/h, mais do que suficiente para competir em várias modalidades.

Para viabilizar o projeto, os engenheiros foram buscar tecnologias da era espacial, de olho principalmente na segurança do veículo e do piloto. A tecnologia foi repassada pela Agência Espacial Européia.

A carroceria recebeu o mesmo sistema de isolamento térmico utilizado no foguete francês Ariane. A preocupação era de que a temperatura de até 1000° C do sistema de escapamento primário pudesse se espalhar e atingir os tanques de gás. Além do ganho na segurança, o material refratário mantém a temperatura do motor, aumentando seu desempenho.

Os tanques ainda receberam uma proteção adicional, a mesma que equipa os motores do foguete Ariane. O material térmico é tão eficiente que o carro pode pegar fogo durante 45 minutos antes que o recipiente de gás atinja uma temperatura que cause a abertura das válvulas de segurança. Ou seja, explodir, nem pensar.

Os tanques de GLP foram construídos com uma liga leve de titânio mais resistente do que qualquer aço conhecido, também desenvolvida para o programa espacial francês. Se tudo isso não bastasse, o carro é equipado com extintores de incêndio dos foguetes russos, que podem ser acionados manualmente ou de forma automática por meio de sensores que detectam níveis de calor acima do normal.

Seguir Site Inovação Tecnológica no Google Notícias





Outras notícias sobre:
  • Tecnologia Automotiva
  • Fontes Alternativas de Energia
  • Biocombustíveis

Mais tópicos