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Lançada Iniciativa Nacional para Inovação

Fabiana Santos - Gestão C&T - 22/11/2005


Em consonância com o Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, foi lançada a Iniciativa Nacional para Inovação (INI), durante o segundo dia de trabalhos na 3ª Conferência Nacional de CT&I, em Brasília.

O objetivo do novo mecanismo é fortalecer a interação entre as instituições de pesquisa, desenvolvimento e inovação e a indústria, a partir de um planejamento de longo prazo que mobilize a sociedade em prol do avanço industrial e tecnológico do país.

Alessandro Teixeira, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), informou que a estrutura da Iniciativa é composta por um Comitê Gestor, presidido por Jorge Gerdau; tendo como vice-presidente Eugênio Staub. O secretário-executivo é o próprio Alessandro Teixeira. Também compõem a estrutura um comitê executivo e grupos temáticos.

O presidente da agência disse que a idéia de criar a INI vem sendo construída há algum tempo no âmbito no Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), vinculado à Presidência da República, e converge com o trabalho realizado pela ABDI e pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC).

As atividades serão norteadas dentro de dois trabalhos centrais: inventário dos ativos relevantes e estudos futuros; e prospecção tecnológica. Nesse sentido, a primeira etapa de trabalhos, chamada de "1ª Rodada", será concluída em abril de 2006. Nessa fase, serão elaborados estudos, por meio dos grupos temáticos, nos seguintes temas: financiamento; marcos regulatórios; formação e educação; extencionismo; ambiente de inovação; gestão da inovação; e compras governamentais.

Os resultados desses trabalhos serão propostas de políticas públicas que poderão ser modificadas, moldadas ao longo do tempo.

A "2ª Rodada", que será concluída em setembro de 2006, tratará dos seguintes temas: biotecnologia, nanotecnologia, energias renováveis, infra-estrutura de transportes e TV Digital.

Alessandro Teixeira explicou que o comitê gestor terá entre suas atribuições as de estabelecer as diretrizes e definição dos temas e coordenadas da INI. Já o comitê-executivo deverá estabelecer o termo de referência, entre outras atividades. Foram estabelecidas, ainda, a Consultoria 1, que tratará do inventário dos ativos relevantes do Sistema Nacional de Inovação (SNI); pesquisa com atores do setor; elaboração de diagnóstico; e análise de alternativas. A Consultoria 2 realizará estudos de futuro e prospecção tecnológica.

Os coordenadores e secretários dos grupos temáticos serão definidos já em dezembro deste ano.

O ministro da C&T, Sergio Rezende, disse que, nos anos 90, o Brasil passou pela abertura do setor empresarial por conta do Programa Brasileiro de Qualidade e Competitividade pelo qual as empresas incorporaram a qualidade em seus processos de gestão. "A qualidade é importante para o setor produtivo, mas não é o suficiente", disse o ministro. Ele explicou que, por esse motivo, nos últimos anos, a preocupação do setor empresarial tem passado pela inovação. "Avançamos com a inclusão do termo tecnologia na Política Industrial", pondera.

Sobre a Conferência, o ministro disse que se sente satisfeito pelo ambiente que se criou no evento. "Tenho visto as pessoas participando das sessões, conversando pelos corredores, é um ambiente otimista". O ministro lembrou, ainda, que o cenário de C&T no Brasil é muito recente e que, até pouco tempo, não havia cultura de pesquisa, as políticas não tinham intersecção. Na sua avaliação, o momento é de transição.

A Iniciativa Nacional para Inovação visa estruturar um sistema articulado de inovação, integrando os atores das esferas pública e privada em torno de políticas capazes de promover a melhoria do patamar competitivo da indústria brasileira.

A INI foi criada nos moldes da National Innovation Iniciative (Innovate América), criada pelo Conselho de Competitividade dos Estados Unidos, e da iniciativa de inovação da União Européia.

Participaram do lançamento o diretor-presidente do MBC, José Fernando Mattos, e o secretário-geral da 3ª CNCTI e diretor de Desenvolvimento Científico Tecnológico da Finep, Carlos Aragão.

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