Logotipo do Site Inovação Tecnológica





Robótica

Sondas espaciais terão sistema de detecção de vida

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/02/2003


A NASA vai investir US$900.000,00 para incrementar as pesquisas do cientista Alan Waggoner, da Universidade Carnegie Mellon (Estados Unidos). O Dr. Waggonner criou sistemas de detecção de vida baseados em tintas fluorescentes. A NASA espera utilizar as pesquisas para a detecção de vida em Marte. As tintas serão aplicadas com a utilização de robôs.

Com o investimento, a equipe do Dr. Waggoner irá desenvolver novas tintas fluorescentes capazes de detectar os módulos básicos de vida: DNA, lipídios, carboidratos e proteínas. O sistema completo será composto por um equipamento ótico para aspergir as tintas fluorescentes em regiões específicas do solo para detectar formas de vida no ambiente. Para isso o Instituto de Robótica da Universidade deverá participar da pesquisa. O sistema final de detecção de vida deverá ser versátil o suficiente para se adaptar a diversos tipos de robôs utilizados nas expedições planetárias.

A pesquisa incluirá testes de avaliação do novo sistema em áreas hostis, como o deserto de Atacama, no Chile, uma das regiões mais inóspitas da Terra. Devido à similaridade da região com o terreno marciano, aquele deserto é ideal para se testar equipamentos e componentes construídos pelos astrobiólogos.

"É entusiasmante ampliar o trabalho de nossa equipe e contribuir para a busca de vida interplanetária," diz Waggoner. "Nós acreditamos que estes métodos irá fornecer o meio mais sensível de se detectar vida com um equipamento remoto."

Desenvolver substâncias fluorescentes para detectar vida no espaço apresenta muitos desafios técnicos. Marcadores fluorescentes que se ligam a seus alvos devem se manter intactos contra um ambiente de fundo capaz de cegar, devido à luminescência mineral. Adicionalmente, detectar baixos níveis de luz emitidos por relativamente poucos organismos pode ser difícil frente à luz refletida que é orignalmente emitida pelo sistema ótico da sonda.

Tão grande é também o desafio de criar um sistema de detecção que reproduza um bom microscópio epi-fluorescente utilizado na Terra, mas com poucas, se é que terá alguma, partes móveis. O sistema completo deverá efetuar o foco utilizando equipamentos similares aos utilizados nas câmeras portáteis, além de oferecer algum processamento adicional para as imagens que capturar.

"Outros métodos de testes requerem consideravelmente mais amostragem ou são menos sensíveis do que o que nos propomos. Nós não conhecemos outros métodos remotos capazes tanto de detectar baixas concentrações de micro-organismos como de visualizar altas concentrações incorporadas como biofilmes ou colônias, " disse Gregory Fisher, um dos membros da equipe.

Adicionalmente, formas de vida marcianas podem conter diferentes componentes estruturais, diferentes daqueles encontrados na Terra. Isso coloca a exigência de que o sistema de detecção possa ser capaz de encontrar formas básicas, como DNA, lipídios, carboidratos e proteínas.

Seguir Site Inovação Tecnológica no Google Notícias





Outras notícias sobre:
  • Sondas Espaciais
  • Biotecnologia
  • Biochips
  • Exploração Espacial

Mais tópicos