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Eletrônica

Cura para cegueira permitirá visão em câmera lenta e até replay

Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/07/2006

Cura para cegueira permitirá visão em câmera lenta e até replay

Existem diversas causas para a cegueira. Mas, pelo menos para os portadores de duas das mais comuns dessas causas - a retinite pigmentosa e a degeneração macular - agora há uma esperança maior. Cientistas estão começando a testar uma prótese eletrônica que consegue enviar sinais luminosos para o nervo óptico.

A prótese é muito semelhante aos sensores utilizados nas máquinas fotográficas digitais. Os sensores eletrônicos irão substituir as células mortas em razão dessas doenças que atingem a retina, destruindo as células que transformam a luz em sinais elétricos. Estes sinais sofrem um processamento inicial no olho, sendo posteriormente enviados ao cérebro, onde se formam as imagens que vemos.

Mas um sensor normal de máquina fotográfica - conhecido como CCD - não pode ser simplesmente inserido no olho humano. Os médicos estão tendo que praticamente reconstruí-lo, com formato, dimensões e materiais que permitam que o organismo não rejeite o "intruso".

Para se ter uma idéia desse trabalho de reconstrução, enquanto a capacidade dos sensores atuais é medida em milhões de pixels, a nova prótese, no estágio atual, tem apenas 100 pixels. Mas os cientistas afirmam que uma prótese com 500 pixels já permitirá que uma pessoa volte a andar normalmente pelas ruas e reconheça rostos.

Apesar dos avanços, uma prótese funcional e pronta para uso ainda exigirá muitas pesquisas. "Nós estamos entre cinco e 10 anos dos primeiros implantes humanos, de forma que as pessoas não devem se entusiasmar precocemente. O assunto continua essencialmente um tema de pesquisas, mas nós estamos fazendo avanços," explica o Dr. Keith Mathieson, da Universidade de Glasgow, Escócia.

Os maiores desafios consistem na adaptação dos chips ao corpo humano - um assunto ainda mais complicado quando se trata do delicado olho humano. Uma vez ultrapassadas as barreiras da rejeição, as possibilidades de avanços são inúmeras.

Hoje já seria possível, por exemplo, dotar o chip com memória, permitindo que a pessoa fizesse "replay" das cenas que enxergasse. Segundo o Dr. Mathieson, até mesmo ver em câmera lenta seria perfeitamente possível. Bastará que o chip seja dotado de um controle externos sem fios. É esperar para ver.

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