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Eletrônica

Armazenamento de dados em ímãs moleculares está ficando quente

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/10/2017

Armazenamento de dados em ímãs moleculares está ficando quente
Centros de dados, como esse do Google, com mais de 10.000 metros quadrados, consomem energia elétrica equivalente ao consumo de uma cidade inteira. Resfriar tudo com nitrogênio líquido pode ser uma boa opção.
[Imagem: Google]

Ímãs de molécula única

Armazenar dados em uma classe de moléculas conhecida como "ímãs de molécula única" é mais viável do que se pensava anteriormente.

Uma equipe da Universidade de Manchester, no Reino Unido, demonstrou que a histerese magnética, um efeito de memória que é um pré-requisito de qualquer armazenamento de dados, ocorre em ímãs moleculares a -213º C. Isso é bem próximo da temperatura do nitrogênio líquido (-196º C).

Pode parecer frio demais, mas isto significa que pode ser possível manter sistemas de armazenamento de dados com ímãs moleculares resfriados com nitrogênio líquido, relativamente barato, em vez de hélio líquido, muito mais caro por apenas um pouco mais de frio (-269º C).

E pode valer a pena porque o potencial de armazenamento de dados moleculares é enorme. As tecnologias moleculares podem armazenar mais de 200 terabits de dados por polegada quadrada - são 25.000 GB de informações armazenadas em algo aproximadamente do tamanho de uma moeda.

Lantanídeos

Os ímãs de molécula única, formados com átomos de elementos químicos da classe dos lantanídeos, apresentaram o efeito de memória magnética nas temperaturas mais altas vistas até agora.

Os lantanídeos são metais também conhecidos como terras raras, utilizados em virtualmente todos os aparelhos eletrônicos.

A equipe alcançou seus resultados utilizando o elemento disprósio e acredita que pode haver outras configurações que se equiparem aos -196º C do nitrogênio líquido.

"Estamos nos aproximando da temperatura do nitrogênio líquido, o que significa que o armazenamento de dados em moléculas únicas torna-se muito mais viável do ponto de vista econômico," disse o professor Nicholas Chilton. "Isso é muito entusiasmante porque a histerese magnética em moléculas únicas implica a capacidade de armazenamento de dados binários. Usar moléculas únicas para o armazenamento de dados teoricamente pode fornecer uma densidade de dados 100 vezes maior do que as tecnologias atuais."

Bibliografia:

Artigo: Molecular magnetic hysteresis at 60 K in dysprosocenium
Autores: Conrad A. P. Goodwin, Fabrizio Ortu, Daniel Reta, Nicholas F. Chilton, David P. Mills
Revista: Nature
DOI: 10.1038/nature23447
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