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Astrônomos vão estudar asteroide que passará próximo à Terra

Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/05/2011

Astrônomos vão estudar asteroide que passará raspando pela Terra
A melhor imagem já captada do 2005 YU55, feita por radar, tem uma resolução de 7,5 metros por pixel. Agora os cientistas querem detectar até as saliências em sua superfície.
[Imagem: NASA/Cornell/Arecibo]

Segundo a NASA, um grande asteroide vai passar "raspando" pela Terra em novembro deste ano.

Embora o asteroide 2005 YU55 tenha sido classificado como um objeto potencialmente perigoso, os especialistas dizem que não há riscos de que ele colida com a Terra nos próximos cem anos.

Mas os cientistas estão esperando pelo evento com grande interesse.

Astronomia com radar

Os astrônomos pretendem aproveitar a oportunidade para estudar a rotação do asteroide, determinar a aspereza de sua superfície e até sua composição mineral.

Da última vez que o 2005 YU55 foi visto, ele estava a 2,3 milhões de quilômetros da Terra. A imagem que pode ser captada dele, feita por radar, tem uma resolução de 7,5 metros por pixel.

Isto foi suficiente para que os astrônomos calculassem que ele mede 400 metros de diâmetro.

Agora, porém, o objetivo é fazer imagens muito melhores. Além de o asteroide chegar sete vezes mais perto desta vez - 323 mil km - os equipamentos utilizados pelos astrônomos, localizados no Observatório de Arecibo, em Porto Rico, tiveram um upgrade.

Com isto, a expectativa é que as novas imagens alcancem uma resolução de 4 metros por pixel, o que permitirá uma visão muito detalhada do asteroide.

"Nós estamos falando sobre captar aquele tipo de detalhe da superfície que você sonha quando uma nave sobrevoa um corpo celeste desses," afirmou Lance Benner, astrônomo do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.

Além das informações sobre a superfície, os dados coletados por outros telescópios ópticos e de infravermelho poderão mostrar até a composição mineral do asteroide.

Astronomia com radar

A astronomia por radar emprega as maiores antenas parabólicas do mundo. As antenas dirigem um feixe de micro-ondas rumo aos seus alvos celestiais, que podem estar tão próximos quanto a nossa Lua ou tão longes quanto as luas de Saturno.

Estes sinais se refletem no alvo, e o eco resultante é coletado e agrupado com precisão para criar imagens de radar, que podem ser usadas para reconstruir modelos tridimensionais detalhados do objeto.

Esta é a primeira vez que cientistas preveem a passagem tão próxima à Terra de um objeto desse tamanho, o que está permitindo que eles se preparem para estudá-lo.

A NASA informou que um evento como esse não deve se repetir até 2028, quando o asteroide (153814) 2001 WN5 deverá passar a uma distância ainda menor do nosso planeta.

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