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Astronauta brasileiro fala sobre robótica na Campus Party

Com informações da AEB - 24/01/2011

Astronauta brasileiro fala sobre robótica na Campus Party
Um dos assuntos debatido pelos palestrantes foram os prós e contras na utilização dos robôs.
[Imagem: MCT]

Representando a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCT), o astronauta Marcos Pontes, em conjunto com o engenheiro do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, Ney Robinson, proferiu na sexta-feira (20), no Campus Party, em São Paulo, a palestra Novos Horizontes, sobre o uso da robótica em condições extremas, tanto no espaço exterior à Terra quanto em áreas de exploração no planeta.

Definição de robô

Pontes começou a apresentação definindo o conceito do que seria um robô. De todas as concepções apresentadas, a que mais agrada os palestrantes era a da Associação de Automação e Robótica Australiana (AARA) que diz não existir uma definição clara do que é um robô, porém indica três especificidades cruciais.

A primeira é ter alguma forma de mobilidade. A outra é ser programável para tarefas diversas e, por fim, operar automaticamente após ser programado.

Hoje, diversos modelos de robôs são usados em várias situações. Os fãs de cinema de guerra puderam identificar um exemplar muito utilizado no combate ao terrorismo.

No filme Guerra ao Terror, ganhador do Oscar de melhor obra em 2010, há um robô que é usado para desativar bombas. Dentro desse nicho de situações de risco, há o robô programado para resgatar corpos em lugares inóspitos que coloquem em risco a vida de seres humanos como ambientes com gases venenosos ou com perigo de desabamento.

Há, também, os robôs de sistemas dedicados, o que o astronauta deu como exemplo, o R2T2, de Guerra nas Estrelas, e o sistema de próteses que ajuda a quem teve algum membro amputado ou tem alguma deficiência física.

Caneta espacial

Outro assunto debatido pelos palestrantes foram os prós e contras na utilização dos robôs.

Por exemplo, o robô pode ter qualquer tamanho e pode carregar pesos inimagináveis para um homem. Porém, como explica Pontes, as máquinas ainda não têm algumas características que animais e humanos compartilham. "Os robôs não conseguem sentir emoção, ter imaginação ou criatividade".

Um exemplo que poucos conhecem, é o do astronauta Buzz Aldrin. Quando ele e Neil Armstrong estavam voltando para a nave, para retornar à Terra, um dispositivo que se assemelha a função de um fusível quebrou e não conseguia fazer com que a nave funcionasse.

"Foi aí que entrou a criatividade e imaginação de Aldrin que, com uma caneta, conseguiu pressionar o dispositivo possibilitando a volta para casa", contou Pontes.

Robôs da Petrobras

Em sua palestra, Robinson apresentou algumas novidades desenvolvidas pela Petrobras.

São dois robôs, um deles é o ambiental híbrido que recebeu o nome do ativista ambiental Chico Mendes. Ele tem a missão de chegar aos lugares da Amazônia impossíveis de se aproximar pelos meios convencionais, possibilitando, assim, a construção com segurança de mais de 420 km de um gasoduto que corta a região amazônica.

O outro robô, criado por Robinson, é o Girino. Inspirado no animal, ele terá a missão de se movimentar pelo interior de dutos sem auxílio de diferencial de pressão, e sim por meios de propulsão próprios.

A invenção permite levar a um ponto remoto, no interior do duto, ferramentas ou materiais para a realização de diversas operações. De acordo com o engenheiro, não foi apenas a observação do animal que lhe ajudou na construção do robô. Houve, também, uma inspiração humana na forma dele se movimentar.

O fim da apresentação foi marcado pela parte relativa ao mercado de trabalho. Foram mostradas as diversas áreas que compõem o projeto da Petrobras e do Programa Espacial Brasileiro.

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