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Mecânica

Primeiro teste de um avião com asa de grafeno

Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/12/2016

Testado primeiro avião com asa de grafeno
O grafeno foi usado para compor um revestimento, uma espécie de "pele" para a asa.
[Imagem: Graphene Flagship/Divulgação]

Avião de grafeno

Este é o Próspero, o primeiro modelo de avião a incorporar uma asa revestida com grafeno.

O voo e o desempenho da pequena aeronave estão entre os primeiros exemplos práticos de como o grafeno pode ser usado no setor aeroespacial, tirando proveito de suas incomparáveis propriedades mecânicas, térmicas e elétricas, características tão importantes para o setor aeroespacial e automotivo.

A proposta é que o grafeno seja usado como aditivo em termoplásticos e polímeros termoendurecidos para melhorar as propriedades mecânicas do material de base e também reduzir o peso final das peças.

O grafeno foi usado para compor um revestimento, uma espécie de "pele" para a asa, internamente feita de fibra de carbono - o grafeno também é carbono puro, mas fabricado na forma de folhas monoatômicas, com os átomos se estruturando na forma de favos de mel.

E os ganhos foram substanciais: em termos de resistência ao impacto, a asa revestida de grafeno do pequeno aeromodelo demonstrou uma resistência ao impacto até 60% maior do que a de uma asa de fibra de carbono convencional.

Materiais multifuncionais

De acordo com a equipe, quando seus processos estiverem totalmente otimizados - principalmente como misturar o grafeno aos polímeros -, será possível construir peças com desempenho multifuncional, graças a ajustes que permitirão dosar quais propriedades do grafeno serão exploradas em cada situação.

"Os testes foram muito encorajadores e provaram que o grafeno tem um enorme potencial para a indústria aeroespacial. Ele é muito forte, mas leve e flexível ao mesmo tempo. Com os dados coletados desses voos iniciais nossa pesquisa agora passa para o próximo nível, para o desenvolvimento dos processos de infusão do grafeno nos compósitos," disse o professor Billy Beggs, da Universidade de Lancashire Central, na Inglaterra.

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