Um carregador sem fio que você pode cortar e moldar

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/01/2019

O carregador pode ser cortado usando uma tesoura comum, permanecendo funcional.
[Imagem: Kawahara Laboratory]

Carregador metamórfico

Engenheiros da Universidade de Tóquio criaram um novo sistema para carregar aparelhos eletrônicos à distância, sem usar fios e conectores.

O que o distingue é que o carregador foi projetado para ser cortado em pedaços de acordo com a necessidade de espaço e potência. Como ele é fino e flexível, ele pode ser moldado para se ajustar a superfícies e objetos com formas diferentes.

Pode parecer estranho inventar algo apenas para que possa ser cortado em pedaços, mas a ideia é que os usuários possam formatar a folha para que ela se adeque a qualquer superfície, não apenas ao aparelho, mas também ao seu local de uso.

"A folha é fina e flexível para que você possa moldá-la em superfícies curvas, como bolsas e roupas. Nossa ideia é que qualquer pessoa possa transformar várias superfícies em áreas de carregamento sem fio. Imagine casas e escritórios sem cabos emaranhados, e pense em como isso pode ser útil para campos emergentes, como a robótica," disse o pesquisador Ryo Takahashi.

Tecnologia invisível

Tal como outros sistemas de carregadores de energia sem contato, este usa bobinas condutoras no carregador para induzir uma corrente nas bobinas correspondentes no aparelho, seja um celular, um relógio ou um drone.

Mas a chapa cortável não é apenas muito mais fina, como também tem uma área útil de carregamento mais ampla, graças à maneira como as bobinas foram projetadas. Essas bobinas também são conectadas de tal forma que, desde que uma quantidade suficiente delas permaneça intacta depois que a folha é cortada, elas ainda podem carregar um aparelho.

"Atualmente, uma folha quadrada de 400 milímetros fornece de 2 a 5 watts de energia, o suficiente para um smartphone. Mas eu acredito que poderemos chegar a dezenas de watts, o suficiente para um pequeno computador," detalhou Takahashi. "Em poucos anos, adoraria ver essa folha embutida em móveis, brinquedos, bolsas e roupas. Espero que isso torne a tecnologia mais invisível".

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