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Energia

Célula solar buraco negro atinge 22,1% de eficiência

Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/05/2015

Célula solar de silício negro bate recorde de eficiência
Isto não é um buraco negro: é uma célula solar de silício negro.
[Imagem: Aalto University]

Silício negro

Não, isto não é um buraco negro e nem uma imagem construída digitalmente.

É uma célula solar real, feita de silício negro, uma forma do semicondutor descoberta há pouco mais de dez anos.

O preto profundo ajuda a capturar mais luz, o que colaborou para que esta célula solar batesse de longe o recorde de eficiência de sua categoria - benefícios adicionais foram obtidos levando todos os contatos metálicos para a parte de trás da célula.

O protótipo construído por pesquisadores da Universidade Aalto, na Finlândia, atingiu 22,1% de eficiência de conversão energética, mais de quatro pontos percentuais acima do recorde anterior.

E a professora Hele Savin, responsável pela criação da célula solar recordista, explica que a eficiência energética não é o único parâmetro que torna a célula solar de silício negro um rival difícil de bater.

A capacidade de capturar a radiação solar incidente de ângulos muito pequenos faz com que a quantidade de eletricidade gerada ao longo de um dia também seja maior.

Do laboratório para o mercado

E, apesar do recorde, parece haver espaço para melhorias, já que a célula solar foi fabricada usando silício do tipo positivo, que apresenta uma degradação maior devido a impurezas.

"Não há razões para que não alcancemos eficiências ainda maiores usando silício tipo 'n' ou estruturas de células mais avançadas," disse Savin.

O protótipo da célula solar de silício negro tem 9 cm2, o que é enorme para escala laboratorial, indicando uma maior facilidade para transposição da tecnologia para o ambiente industrial.

A equipe pretende agora testar o silício negro em outras estruturas de células solares, em particular as de filme fino e as multicristalinas.

Bibliografia:

Artigo: Black silicon solar cells with interdigitated back-contacts achieve 22.1% efficiency
Autores: Hele Savin, Paivikki Repo, Guillaume von Gastrow, Pablo Ortega, Eric Calle, Moises Garín, Ramon Alcubilla
Revista: Nature Nanotechnology
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nnano.2015.89
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