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Espelho flexível acionado por ímãs vai clarear o Universo

Com informações do ESO - 19/02/2014

Espelho flexível acionado por ímãs vai clarear o Universo
O espelho tem 1,12 metro de diâmetro, mas meros 2 milímetros de espessura.
[Imagem: ESO]

Óptica adaptativa

O Observatório Europeu do Sul (ESO) recebeu o mais avançado espelho de óptica adaptativa já fabricado.

O espelho tem 1,12 metro de diâmetro, mas meros 2 milímetros de espessura.

Um espelho fino assim consegue deformar-se milhares de vezes por segundo para compensar a turbulência da atmosfera terrestre, o que resulta em imagens muito mais nítidas, que permitem aos astrônomos estudar o Universo com muito mais detalhe do que era possível anteriormente.

O espelho adaptativo foi fabricado pela companhia francesa Safran-Reosc, usando uma cerâmica chamada Zerodur, por sua vez fabricada pela alemã Schott Glass. Ele será instalado no VLT, o maior telescópio do ESO, no Chile.

Este é o segundo protótipo dessa tecnologia, marcando um avanço substancial: o novo espelho tem uma precisão de superfície cinco vezes superior ao anterior, necessitando de apenas metade da força que era necessária para corrigir a forma da superfície do espelho.

A uniformidade da espessura do espelho também foi melhorada por um fator de três, e o acabamento do espelho foi igualmente melhorado em ambas as faces.

Como ficou muito melhor, este segundo espelho, que era para ser uma peça sobressalente, entrará em operação - se um frágil espelho desses se partir durante a operação, o telescópio teria que ficar parado durante meses até que outro pudesse ser fabricado.

Espelho flexível acionado por ímãs vai clarear o Universo
Os fornecedores do sistema completo de óptica adaptativa, do qual o espelho secundário deformável faz parte, tiveram que desenvolver dezenas de procedimentos inovadores, manuseio de ferramentas, embalagens e caixas de transporte para garantir a segurança de cada passo dado pelo frágil espelho.
[Imagem: ESO]

Espelho movido por ímãs

O espelho ficará montado no telescópio, bem preso pelos campos magnéticos originados por 1.170 ímãs colados na sua face traseira.

Os ímãs serão controlados por bobinas de voz, bobinas ligadas a um cone similar a um alto-falante. Quando ativas, as bobinas produzirão um campo magnético que puxará os ímãs fixos, deformando assim a superfície do espelho.

Graças à posição em que será instalado o novo espelho, a correção adaptativa será executada pelo espelho secundário, fazendo com que todos os instrumentos montados no telescópio se beneficiem de uma qualidade de imagem muito superior - nos sistemas atuais, a correção é executada no interior de cada instrumento.

Os técnicos e engenheiros estão acompanhando com apreensão a instalação e os testes do novo espelho porque essa é a mesma tecnologia que se pretende instalar no E-ELT, que será o maior telescópio do mundo.

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