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Estrela de nêutrons engole aglomerado de matéria

Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/06/2011

Estrela de nêutrons engole aglomerado de matéria
Impressão artística da estrela de nêutrons devorando parcialmente um aglomerado de matéria ejetado pela supergigante azul.
[Imagem: ESA/AOES Medialab]

Estrela devoradora

O telescópio espacial XMM-Newton detectou uma estrela aumentando em 10.000 vezes o seu brilho normal.

Os astrônomos acreditam que a explosão, observada no comprimento de ondas dos raios X, foi causada pela estrela tentando engolir um aglomerado gigante de matéria.

O brilho repentino ocorreu em uma estrela de nêutrons, o núcleo colapsado de uma estrela que já foi muito maior no passado.

Agora, com cerca de 10 km de diâmetro, a estrela de nêutrons é tão densa que gera um fortíssimo campo gravitacional.

Projétil cósmico

O aglomerado de matéria era muito maior do que a estrela de nêutrons, e veio de sua estrela companheira, uma enorme supergigante azul.

"Foi um enorme projétil de gás que a estrela disparou e atingiu a estrela de nêutrons, permitindo que a víssemos," diz Enrico Bozzo, da Universidade de Genebra, na Suíça, e líder da equipe que fez as observações.

O brilho repentino durou quatro horas e os raios-X foram emitidos quando o gás no aglomerado de matéria foi aquecido a milhões de graus, enquanto era puxado pelo intenso campo gravitacional da estrela de nêutrons.

A duração do surto permitiu que os astrônomos estimassem o tamanho do "projétil cósmico".

Ele era muito maior do que a estrela de nêutrons, ao redor de 16.000 mil quilômetros de diâmetro, ou cerca de 100 bilhões de vezes o volume da Lua.

No entanto, de acordo com a estimativa feita a partir do brilho da explosão, o aglomerado continha apenas um milésimo da massa do nosso satélite natural, ou seja, era bem pouco denso.

Granizo estelar

Estes dados vão ajudar os astrônomos a compreenderem o comportamento da supergigante azul e da forma como ela emite matéria para o espaço.

Todas as estrelas expulsam átomos para o espaço, criando um vento estelar.

O surto de raios X mostra que esta supergigante azul em particular faz isso em blocos, e o tamanho e a massa estimados da nuvem de matéria permitem entender os limites desse processo.

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