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Astrônomos encontram estrelas binárias impossíveis

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/07/2012

Astrônomos encontram estrelas binárias impossíveis
Impressão artística de duas anãs vermelhas tipo M4 orbitando uma em torno da outra a cada 2,5 horas, algo que as teorias consideravam impossível.
[Imagem: J. Pinfield/RoPACS]

Uma equipe de astrônomos encontrou um conjunto de estrelas binárias que as teorias afirmam que não deveriam existir.

Usando o telescópio UKIRT (Telescópio Infravermelho Reino Unido, na sigla em inglês), localizado no Havaí, eles identificaram quatro pares de estrelas que orbitam uma em torno da outra em menos de 4 horas.

Estrelas gêmeas

Cerca de metade das estrelas em nossa galáxia são, ao contrário do nosso Sol, parte de um sistema binário, em que duas estrelas orbitam uma em torno da outra.

Muito provavelmente, as estrelas nestes sistemas binários se formaram juntas, estando em órbita uma em torno da outra desde seu nascimento.

Sempre se pensou que, se as estrelas binárias se formassem muito próximas umas das outras, elas rapidamente se fundiriam em uma só estrela maior.

Isto estava de acordo com muitas observações feitas ao longo das últimas três décadas, que vêm mostrando uma abundante população de binários estelares - mas nenhum com período orbital menor do que 5 horas.

Anãs vermelhas

A surpresa veio quando a equipe decidiu estudar binários de anãs vermelhas, estrelas até 10 vezes menores e mil vezes menos luminosas do que o Sol.

Embora as anãs vermelhas sejam o tipo mais comum de estrela na Via Láctea, elas não aparecem nas observações normais por causa de sua obscuridade na luz visível.

"Para nossa completa surpresa, encontramos vários binários de anãs vermelhas com períodos orbitais significativamente menores que as 5 horas de corte encontradas para estrelas semelhantes ao Sol, algo que se pensava ser impossível," disse Bas Nefs, da Universidade Leiden, na Holanda.

"Isso significa que temos de repensar a forma como esses binários de grande proximidade se formam e evoluem," concluiu ele.

Encolhimento da órbita

Como as estrelas diminuem de tamanho no início de suas vidas, o mero fato de que esses binários tão próximos existam significa que suas órbitas também devem ter encolhido desde seu nascimento. Caso contrário, as estrelas teriam-se fundido.

No entanto, não está claro como essas órbitas poderiam ter diminuído o suficiente para que elas permaneçam como corpos celestes independentes.

À medida que os instrumentos de observação são aprimorados, a realidade tem forçado continuamente a reconstrução das teorias, com respeito aos mais variados tipos de corpos celestes:

Bibliografia:

Artigo: Four ultra-short period eclipsing M-dwarf binaries in the WFCAM Transit Survey
Autores: S.V. Nefs, J.L. Birkby, I.A.G. Snellen, S.T. Hodgkin, D.J. Pinfield, B. Sipocz, G. Kovacs, D. Mislis, R.P. Saglia, J. Koppenhofer, P.Cruz, D. Barrado, E.L. Martin, N.Goulding, H. Stoev, J. Zendejas, C. del Burgo, M. Cappetta, Y.V. Pavlenko
Revista: Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
Vol.: In Press
Link: http://arxiv.org/abs/1206.1200
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