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Identificado astro mais distante do Sistema Solar

Com informações da Science - 12/11/2015

Identificado astro mais distante do Sistema Solar
Há tempos a NASA procura pelo Planeta X. Astrônomos acreditam que o Sistema Solar pode ter mais dois planetas gigantes.
[Imagem: T Pyle (SSC)/JPL-Caltech/NASA]

Novo planeta anão

Astrônomos encontraram o corpo celeste mais distante no Sistema Solar: observações do telescópio japonês Subaru revelaram o astro a 15,5 bilhões de quilômetros do Sol, cerca de três vezes mais longe do que Plutão.

O objeto foi catalogado como V774104 e, segundo estudos iniciais, teria entre 500 e 1.000 quilômetros de extensão, menor do que Plutão, mas suficiente para ser classificado como planeta anão.

Os modelos que tentam explicar a formação do Sistema Solar não conseguem explicar corpos tão distantes, sobretudo as órbitas estranhas que apresentam.

"Não conseguimos explicar as órbitas desses objetos a partir do que sabemos sobre o Sistema Solar", disse Scott Sheppard, membro da equipe de observação.

Hoje, o V774104 está a 15,4 bilhões de quilômetros do Sol, o equivalente a 103 unidades astronômicas (ua), uma régua cósmica equivalente à distância entre a Terra e o Sol.

Órbitas estranhas

Agora será necessário rastrear o planeta anão durante pelo menos um ano para descobrir qual é a forma e o tamanho de sua órbita em torno do Sol.

Definida sua órbita, o planeta anão poderá ser classificado em um de dois grupos.

Se sua órbita o trouxer mais perto do Sol, ele se tornaria parte de uma população mais comum de mundos gelados cujas órbitas podem ser explicadas por interações gravitacionais com Netuno. Esses "objetos do Cinturão de Kuiper", que incluem Plutão, ficam entre 30 e 50 ua.

Identificado astro mais distante do Sistema Solar
Ilustração artística do planeta anão Sedna. O objeto mais distante do Sol até agora era o planeta anão Eris.
[Imagem: Nasa/JPL/Caltech/R.Hurt]

Contudo, se ele não se aproxima muito do Sol, pode juntar-se a um clube raro e muito mais interessante, que só agora vem sendo desvendado com a descoberta recente dos planetoides conhecidos como 2012 VP113 e Sedna, que nunca se aproximam do Sol mais do que 50 ua, mas afastam-se até 1.000 ua. Estes seriam "objetos da Nuvem de Oort", uma formação hipotética de corpos celestes idealizada para explicar a origem dos cometas.

Este caso é bem mais entusiasmante porque leva à busca de novos planetas grandes ainda desconhecidos - o que estenderia muito a fronteira do Sistema Solar - e que possam ser responsáveis pelo desenho da órbita desses planetas anões tão distantes.

Objetos mais distantes do Sistema Solar

Oficialmente, o astro até agora considerado mais distante do Sol era o planeta anão Eris e sua lua Disnomia, que se movem em uma órbita elíptica a nunca menos do que 97 ua.

Para comparação, os planetas rochosos ficam entre 0,39 e 4,2 ua do Sol, os gigantes gasosos entre 5 e 30 ua, e o Cinturão de Kuiper, que inclui Plutão, fica entre 30 e 50 ua. Sedna fica a 75 ua e o planeta anão recém-descoberta fica a 103 ua.

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