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INPE sedia reuniões do IPCC

Com informações do Inpe - 16/12/2010


Lacunas metodológicas

Especialistas do mundo inteiro reúnem-se entre os dias 15 e 18 de dezembro no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), para participar de três reuniões paralelas promovidas pela Força Tarefa em Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa, coordenada pelo Brasil e pelo Japão.

O encontro, que terá representantes de nações como Indonésia, China, Argentina, Japão, Rússia, Canadá, Itália e França, acontece poucos dias após o encerramento da Cúpula das Nações Unidas sobre o Clima (COP-16), realizada em Cancún, no México.

Em Cancún, o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima) promoveu um evento paralelo para disseminar as atividades em andamento pela Força Tarefa, que incluem o preenchimento de lacunas metodológicas do último manual técnico para inventários nacionais de gases de efeito estufa finalizado em 2006, em vista de avanços científicos desde aquela data.

Em Agosto deste ano, um comitê internacional de especialistas propôs uma série de mudanças gerenciais e científicas no IPCC. A insistência de Rajendra Pachauri de continuar no cargo, porém, contrariamente ao que o documento propõe, causou desconforto entre os próprios cientistas que lidam com o assunto e uma certa desconfiança sobre uma efetiva correção de rumos, tida como necessária em vários aspectos.

Metodologias do IPCC

A primeira reunião objetiva avaliar as propostas recebidas de pesquisadores e setores industriais de incluir no "Banco de Dados" novos fatores de emissão ou outros parâmetros relevantes para uso nas metodologias do IPCC para inventários nacionais de gases de efeito estufa.

O Banco de Dados é uma biblioteca onde usuários podem encontrar fatores de emissão e outros parâmetros, junto a informações e referências técnicas que podem ser utilizadas para estimar emissões e remoções de gases de efeito estufa.

Outra reunião apresentará o software desenvolvido pelo IPCC para ser utilizado em conjunto com o seu último manual metodológico para elaboração de inventários nacionais, visando estimar emissões líquidas de gases de efeito estufa resultantes dos setores Energia, Processos Industriais, Tratamento de Resíduos, Agricultura, Florestas e Outros Usos da Terra.

As abordagens metodológicas do IPCC provêem flexibilidade para acomodar diferentes circunstâncias e capacidades nacionais, variando desde métodos mais simples, que podem ser implementados por qualquer país, até o uso de modelos avançados para estimativas mais precisas.

A disponibilização de um software para elaboração do inventário facilita muito a aplicação do manual do IPCC por diferentes compiladores de inventários, e provê a flexibilidade necessária para acomodar valores padrão ou valores específicos dos próprios países.

Inventários nacionais

Por fim, no dia 18, o Conselho Editorial do Banco de Dados oficializa a entrada dos dados analisados durante a primeira reunião e também trata de assuntos como, por exemplo, estimular a submissão de novas propostas de fatores de emissão e parâmetros, para tornar o Banco de Dados uma ferramenta útil e atual para utilização em conjunto com o Manual 2006 do IPCC.

"A importância de facilitar o desenvolvimento de inventários nacionais de gases de efeito estufa está no fato de que todos os países signatários da Convenção do Clima comprometeram-se a desenvolver e publicar seus inventários nacionais de emissões e remoções antrópicas de gases de efeito estufa, utilizando metodologias comparáveis e aprovadas pela Convenção. Assim sendo, o IPCC cumpre um papel fundamental ao propor metodologias para inventários nacionais que assegurem essa comparabilidade, além de facilitar a sua aplicação particularmente por parte de países em desenvolvimento, que tem maiores restrições financeiras e de pessoal", afirma Thelma Krug, co-presidente da Força Tarefa do IPCC desde 2002 e assessora de Cooperação Internacional do INPE.

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