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Meio ambiente

Japoneses encontraram tesouro de terras raras no oceano

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/04/2013

Japoneses encontraram depósito de terras raras no oceano
A consistência de lama deverá facilitar o bombeamento do minério para purificação em unidades flutuantes, similares às plataformas de exploração de petróleo.
[Imagem: Yasuhiro Kato]

Geólogos japoneses encontraram um tesouro submerso na lama do fundo do Oceano Pacífico - e um tesouro que não caberia em nenhum baú.

Trata-se de um gigantesco depósito de terras raras, um conjunto de elementos essenciais para a moderna tecnologia e que ameaça gerar guerras minerais se o mundo caminhar para a adoção das tecnologias verdes.

Atualmente, a China responde por 97% da produção de 17 metais provenientes de terras raras, usados em ímãs de alto desempenho para turbinas eólicas e discos rígidos, além de entrarem na fabricação de TVs de tela plana, motores para carros elétricos, óculos de visão noturna, turbinas, supercondutores etc.

Mineração marinha

Já se sabia que o oceano tem grandes depósitos de minerais de terras raras - Yasuhiro Kato e seus colegas da Universidade de Tóquio já os haviam identificado em águas internacionais.

Agora, a mesma equipe encontrou reservas de terras raras dentro dos limites do mar territorial do Japão.

Isso deverá acelerar o início da mineração marinha porque a exploração não irá envolver negociações internacionais sobre a partilha dos royalties com o resto do mundo no caso de uma mineração em águas internacionais.

Dono de uma das maiores indústrias de alta tecnologia do mundo, o Japão importa 80% das terras raras que consome diretamente da China, que recentemente restringiu suas exportações e fez os preços dos minerais dispararem.

Uma nova mina de terras raras em larga escala poderá forçar a China a baixar seus preços, além de reduzir a dependência estratégica que o resto do mundo tem hoje em relação àquele país.

Segundo a equipe, as reservas de terras raras estão na região de Minami-Torishima, estendendo-se do leito marinho até alguns metros de profundidade no fundo do Oceano Pacífico.

Os minerais identificados até agora são ricos em elementos de terras raras, sobretudo em ítrio, com concentrações de até 6.600 partes por milhão (0,65%), diluídos em uma espécie de lama.

A consistência de lama deverá facilitar o bombeamento do minério para purificação em unidades flutuantes, similares às plataformas de exploração de petróleo.

A camada que contém concentração elevada de terras raras - acima de 5.000 partes por milhão - é fácil de ser explorada, sendo encontrada em profundidades de 1 a 2 metros.

Os pesquisadores estimam ser necessários dois anos de pesquisas geológicas mais aprofundadas antes que a mineração possa começar.

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