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Lua em chamas: Io tem oceano de magma

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/05/2011

Lua em chamas: Io tem oceano de magma
Ilustração da sonda Galileo sobrevoando a lua Io, de Júpiter.
[Imagem: NASA]

Lua vulcânica

A lua Io, de Júpiter, produz cerca de 100 vezes mais lava a cada ano do que todos os vulcões da Terra - e Io tem cerca de 3.600 km de diâmetro, enquanto a Terra tem quase 13.000.

Embora os vulcões da Terra ocorram em pontos localizados, como o "Anel de Fogo" em torno do Oceano Pacífico, os vulcões de Io são distribuídos em toda a superfície.

Uma nova análise dos dados da sonda Galileo, da NASA, revela como é possível uma dispersão tão grande de vulcões: um verdadeiro oceano subterrâneo de magma derretido, ou parcialmente derretido, situa-se logo abaixo da superfície da lua.

A descoberta representa a primeira confirmação desse tipo de camada de magma em Io e explica porque a Lua é o objeto mais vulcânico conhecido no Sistema Solar.

Um oceano global de magma, de cerca de 30 a 50 km de espessura, abaixo da crosta de Io, ajuda a explicar a atividade da lua.

Lua em chamas: Io tem oceano de magma
Estrutura interna de Io, mostrando uma crosta de baixa densidade entre 30 e 50 km de profundidade.
[Imagem: NASA/JPL/University of Michigan/UCLA.]

Janela para o passado

"Tem sido sugerido que tanto a Terra quanto a nossa Lua podem ter tido oceanos de magma semelhantes bilhões de anos atrás, no momento de sua formação, mas que já resfriaram há muito tempo," disse Torrence Johnson, um ex-cientista do projeto Galileo.

"O vulcanismo de Io nos mostra como os vulcões funcionam e fornece uma janela no tempo para os estilos de atividade vulcânica que podem ter ocorrido na Terra e na Lua durante a sua história mais antiga," afirma.

Os vulcões de Io foram descobertos em 1979 pelas sondas Voyager, tornando a lua o único corpo conhecido do Sistema Solar, além da Terra, a ter vulcões de magma ativos.

Sonda Galileo

A sonda Galileo foi lançada em 1989 e começou a orbitar Júpiter em 1995.

Assinaturas inexplicáveis apareceram nos dados do seu campo magnético, registrados em Outubro de 1999 e fevereiro de 2000 - foram estes dados que agora foram reanalisados.

Após uma missão bem-sucedida, a sonda espacial foi dirigida intencionalmente para queimar-se na atmosfera de Júpiter, em 2003.

Bibliografia:

Artigo: Evidence of a Global Magma Ocean in Io’s Interior
Autores: Krishan K. Khurana, Xianzhe Jia, Margaret G. Kivelson, Francis Nimmo, Gerald Schubert, Christopher T. Russell
Revista: Science
Data: 12 May 2011
Vol.: Published Online
DOI: 10.1126/science.1201425
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