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Meio ambiente

Material contra incêndio é feito de papel reciclado

Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/02/2019

Material contra incêndio é feito de papel reciclado
Franziska Grüneberger e Willi Senn desenvolveram um isolante térmico feito de papel reciclado.
[Imagem: Empa]

Antichama de papel

Por esta ninguém esperava: Papel reciclado pode ser transformado em um material antichamas de alto desempenho.

Quem merece todo o crédito por ter apostado nessa ideia pouco convencional, para dizer o mínimo, é a pesquisadora Franziska Grüneberger, do Laboratório Federal Suíço de Ciência e Tecnologia de Materiais (EMPA).

Mas como transformar um dos materiais que apresentam maior risco de incêndio em um produto que proteja contra o fogo?

O segredo está naquilo que os cubos de papel reciclado fabricados por Franziska não fazem: desmoronar. Esta mesma propriedade é importante para oferecer proteção a longo prazo contra incêndio para elementos de suporte em casas de madeira.

A inovação está no ligante que permite dar firmeza aos blocos de papel reciclado, algo que é difícil de alcançar na produção industrial de qualquer tipo de camada isolante, e em um processo que gruda o material quase instantaneamente, para que ele se aloje nos espaços onde será instalado na construção.

"Juntamente com Willi Senn, engenheiro de desenvolvimento da Isofloc, nós iniciamos uma série de experimentos e combinamos as fibras isolantes com diferentes aditivos," conta a pesquisadora, sem dar detalhes de qual foi o aditivo escolhido.

Os flocos resultantes foram soprados em várias molduras de madeira, juntamente com uma cavidade idêntica com flocos sem o novo aditivo. As molduras foram expostas a chamas a temperaturas de 800 a 1.000 graus Celsius por uma hora.

O novo isolante térmico à base de papel reciclado resistiu ao teste e protegeu a construção de forma confiável, sem queimar e sem lançar faíscas incandescentes. Os flocos sem o aditivo, por sua vez, caíram da estrutura de madeira por falta de aderência, falhando na proteção.

O desenvolvimento final agora está sendo feito nos laboratórios da empresa financiadora da pesquisa, a Isofloc, que prevê colocar o produto no mercado em cerca de um ano.

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