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Eletrônica

Memória flexível, transparente e 3D não perde dados

Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/03/2012

Memória flexível, transparente e 3D não perde dados
Além de serem flexíveis e quase transparentes, as células de memória medem apenas 5 nanômetros, o que é muito menos do que o padrão da indústria eletrônica atual.
[Imagem: Rice University]

Memória transparente

Chips de memória flexíveis e transparentes estão sendo apontados pelos seus criadores como o caminho rumo a aplicações como telefones celulares que poderão ser enrolados no braço como relógios de pulso.

Isto pode ser possível em pouco tempo, afirma o professor James Tour, químico da Universidade Rice, nos Estados Unidos, em cujo laboratório foram criados as novas células de memória.

Esse novo tipo de memória, que usa o óxido de silício como componente ativo, permite combinar os eletrodos transparentes das telas sensíveis ao toque com outros componentes igualmente transparentes desenvolvidos ao longo dos últimos anos, eventualmente viabilizando o sonho do professor Tour.

Mas talvez não precise ir tão longe. O fato é que as novas memórias são substitutas muito promissoras para as atuais memórias flash, além de várias outras aplicações.

Flexíveis, transparentes e 3D

Além de serem flexíveis e quase transparentes, as células de memória são muito menores do que as atuais, são construídas empilhadas umas sobre as outras, formando um chip 3D, e suportam temperaturas altíssimas, o que as torna candidatas também para aplicações espaciais.

A inovação é uma decorrência de um desenvolvimento apresentado pela mesma equipe em 2010, quando eles construíram nanotransistores de dois terminais, medindo apenas 5 nanômetros, o que é muito menos do que o padrão da indústria eletrônica atual.

Os nanotransistores consistem de canais de cristais de silício puro criados quando se aplica uma forte carga elétrica no óxido de silício, um isolante largamente usado pela indústria eletrônica.

A tensão inicial parece arrancar átomos de oxigênio do óxido de silício.

Como consequência, cargas cada vez menores repetidamente interrompem e reconectam o circuito, transformando-o em memória não volátil.

Um sinal de menor tensão pode ser utilizado para ler a memória, sondando seu estado sem alterá-lo.

Memória empilhada

Desde então, a equipe desenvolveu a memória de dois terminais, permitindo que as células individuais fossem empilhadas em uma configuração tridimensional, e postas sobre um substrato flexível.

A inovação foi apresentada ontem pelo professor Tour durante a reunião da Sociedade Americana de Química.

O pesquisador afirmou que os resultados completos serão publicados em um artigo científico nas próximas semanas.

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