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Eletrônica

Menor transístor de diamante do mundo abre caminho para novas tecnologias

Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/05/2009

Menor transístor de diamante do mundo abre caminho para novas tecnologias
Microfotografia do menor transístor de diamante do mundo, feito com um filme de diamante sintético, fabricado por meio de uma técnica chamada deposição de vapor químico.
[Imagem: David Moran/Univ. Glasgow]

Cientistas da Universidade de Glasgow, na Escócia, criaram o menor transístor de diamante já feito, com uma "porta" medindo apenas 50 nanômetros de comprimento. Isto é metade do tamanho do transístor de diamante anterior, feito pela empresa japonesa NTT.

Concorrentes de peso

Muitos pesquisadores acreditam que cristais artificiais de diamante - fabricados por uma técnica chamada deposição de vapor químico - poderão se tornar o material ideal para a próxima geração de dispositivos eletrônicos, que deverá surgir graças à nanotecnologia, substituindo o silício.

Nessa corrida, o diamante como principais oponentes os nanotubos de carbono, o grafeno e os semicondutores de alto dielétrico.

A "porta" de um transístor é o elemento utilizado para controlar o fluxo de corrente entre dois pontos de contato elétrico, funcionando como uma chave liga-desliga ou como um amplificador. Quanto menor a porta, mais rápido será o funcionamento do transístor.

Transístor de diamante

"Desde sua invenção, em 1947, o transístor tem sido o tijolo básico das mais modernas tecnologias, dos chips de silício dos computadores até os circuitos à base de arseneto de gálio dos telefones celulares," explica o Dr. David Moran, criador do novo transístor de diamante.

"Esses materiais - silício e arseneto de gálio - foram escolhidos pesando seus benefícios e suas deficiências. O diamante, por outro lado, é uma espécie de material excelente, bom em tudo, e tem sido descrito como o material perfeito."

Imageamento terahertz

Acostumados com o ritmo alucinante de miniaturização e aumento de velocidade dos processadores, os cientistas já vislumbram aplicações que poderiam ser adotadas hoje caso se dispusesse de chips resistentes e ultrarrápidos, como o Dr. Moran acredita que serão os processadores de diamante.

Uma dessas tecnologias é o imageamento médico por meio da radiação terahertz, os chamados raios T (veja Raios X estão com dias contados. Vêm aí os raios T).

Operando em uma frequência entre as microondas e os raios infravermelhos, os raios T podem penetrar em uma ampla gama de materiais, inclusive no ser humano, sem causar danos, porque eles são não-ionizantes.

Detecção automática de colisão entre automóveis

Outra tecnologia que poderia ser adotada imediatamente, caso os equipamentos necessários estivessem disponíveis, é a detecção automática de colisão entre automóveis, com o potencial para evitar centenas de milhares de mortes em todo o mundo a cada ano.

A detecção de colisão é uma tecnologia que usa uma espécie de radar para varrer continuamente a área ao redor do veículo em movimento, disparando um alarme ou tomando ações automáticas no caso de uma colisão iminente. Ao contrário de um sistema de air-bag, que somente entra em ação quando o acidente ocorre, essa nova tecnologia poderia evitar o acidente.

"Essas aplicações exigem uma tecnologia de processamento com transistores muito rápidos e de alta potência, que precisam operar em condições muito adversas. É aí que a tecnologia dos transistores de diamante é insuperável," diz o Dr. Moran.

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