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Eletrônica

Menor transístor do mundo é criado com grafeno

Moisés de Freitas - 23/04/2008

Menor transístor do mundo é criado com grafeno

O transístor é o elemento-chave de toda a eletrônica e da informática. Portanto, construí-lo cada vez menor é uma questão que está na base de todo o esforço de miniaturização empreendido pela indústria, determinando, em última instância, a velocidade de processamento disponível aos usuários.

Menor transístor do mundo

Mas definir qual é o menor transístor do mundo não é uma tarefa fácil. Já foram demonstrados transistores de uma única molécula e até um transístor de um único átomo.

Cientistas da Universidade de Manchester, na Inglaterra, recentemente utilizaram o grafeno, uma folha de carbono com apenas um átomo de espessura, com um formato que lembra uma tela de galinheiro, para fabricar o transistor mais fino do mundo, embora os mais puristas possam querer discutir a espessura do átomo de carbono.

Agora, os mesmos pesquisadores utilizaram o mesmo grafeno para fabricar um transístor que, mesmo não sendo o único, certamente estará na categoria de "menor do mundo," pelo menos por um tempo.

Transístor de grafeno

O transístor de grafeno mede dez átomos de carbono de comprimento. A espessura é a mesma do grafeno, ou seja, um único átomo. Um átomo de carbono mede 0,1 nanômetro, o que significa que o transístor de grafeno tem 1 nanômetro de comprimento. Os modernos chips possuem transistores de 45 nanômetros.

Acredita-se ser inviável fabricar os atuais transistores em dimensões abaixo dos 10 nanômetros. Nessa escala, todos os elementos semicondutores, inclusive o silício, oxidam, decompõem-se e migram de forma descontrolada sobre as superfícies, de forma parecida com a água jogada sobre uma superfície quente.

Sem promessas

"É muito cedo para prometer supercomputadores de grafeno," alerta o professor Andre Geim, um dos autores do trabalho.

"Em nosso trabalho, nós dependemos da sorte para fazer transistores tão pequenos. Infelizmente, nenhuma tecnologia atual permite cortar materiais com precisão nanométrica real. Mas este é exatamente o mesmo desafio com que toda a eletrônica pós-silício deve lidar. Pelo menos nós temos um material adequado a este desafio," diz ele.

Bibliografia:

Artigo: Chaotic Dirac Billiard in Graphene Quantum Dots
Autores: Kostya Novoselov, Andre Geim
Revista: Science
Data: 2008 April 17
Vol.: 320: 356-358
DOI: 10.1126/science.1154663
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