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Meio ambiente

Metano e dióxido de carbono atmosféricos em ascensão

Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/06/2016

Metano e dióxido de carbono atmosféricos em ascensão
Este gráfico mostra uma visão geral dos níveis globais de dióxido de carbono de 2003 a 2015. As linhas coloridas mostram a quantidade média de dióxido de carbono atmosférico em diferentes latitudes.
[Imagem: IUP/Univ. Bremen/SRON/Univ. Leicester/ESA/DLR/JAXA/NIES]

Aumento do metano

Leituras de satélite mostram que o metano (CH4) e o dióxido de carbono (CO2) na atmosfera continuam a aumentar, apesar dos esforços globais para reduzir as suas emissões.

As concentrações de metano mantiveram-se mais ou menos constantes até 2007, mas desde então aumentaram cerca de 0,3% ao ano, enquanto os níveis de dióxido de carbono continuam a aumentar cerca de 0,5% ao ano.

A razão para este aumento recente do metano ainda carece de explicações, já que suas fontes são muito variadas, destacando-se a agricultura e a queima de combustíveis fósseis, embora os dados históricos desses dois itens não consigam justificar o aumento recente.

Os dados mostram também flutuações sazonais, assim como elevadas concentrações de metano na Índia e na China durante os meses de Agosto e Setembro. Isto se deve ao fato de os pântanos e arrozais serem uma das principais fontes de emissão de metano, e das emissões serem maiores se o clima for quente e úmido. Outras regiões, tais como os EUA e algumas partes da Rússia, mostraram alterações sazonais similares.

Sumidouro de carbono

O dióxido de carbono também apresenta flutuações semelhantes, embora com concentrações máximas no início do verão. Isto se deve à captação e liberação regular de CO2 pelo crescimento e decomposição da vegetação terrestre: fotossíntese, respiração e decomposição de matéria orgânica.

"Atualmente, as plantas captam cerca de 25% do dióxido de carbono que emitimos e, sem isto, os níveis de dióxido de carbono atmosférico e as consequências relacionadas seriam muito maiores," afirmou Michael Buchwitz, da Universidade de Bremen, na Alemanha.

"No entanto, não sabemos como as plantas irão responder a uma mudança climática. O nosso conhecimento do 'sumidouro de carbono terrestre' é limitado. Um dos objetivos das observações do dióxido de carbono por satélite é fechar essas lacunas de conhecimento, o que irá melhorar as previsões climáticas," acrescentou.

Metano e dióxido de carbono atmosféricos em ascensão
O satélite Sentinel-5P, que deverá ser lançado ainda este ano, medirá concentrações atmosféricas de ozônio, NO&sub2;, SO&sub2;, formaldeído, monóxido de carbono e metano, além de aerossóis e das nuvens.
[Imagem: Airbus/ESA]

Sentinel-5P

A ESA está pronta para lançar um novo satélite de observações da Terra, o Sentinel-5P, que deverá coletar dados sobre o metano e outros componentes da química atmosférica através de uma varredura diária de todo o globo.

"Para o futuro, o Sentinel-5P será muito importante, em particular por causa das suas observações muito densas e de alta resolução do metano atmosférico, com o potencial de detectar e quantificar as emissões de importantes fontes de emissão de metano, como campos de petróleo e gás," apontou Buchwitz.

Os dados do novo satélite serão usados em combinação com modelos computacionais para gerar informações sobre fontes e sumidouros regionais de dióxido de carbono e metano.

Os resultados divulgados agora combinam dados do veterano satélite Envisat, da ESA (Agência Espacial Europeia), e do GoSat, da JAXA (Agência Espacial Japonesa).

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