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Nanotecnologia

Nanocompósito extrai calor de eletrônicos, LEDs e baterias

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/09/2023

Nanocompósito - Pasta térmica
Amostra do nanocompósito, que tem a consistência típica das pastas térmicas usadas em eletrônica de potência.
[Imagem: Pedro Amatuzzi/Unicamp]

Nanocompósito térmico

Pesquisadores brasileiros usaram a nanotecnologia para criar um novo material que dissipa o calor dos aparelhos eletrônicos de forma mais eficaz do que todos os produtos existentes hoje, além de se manter eficiente por um período maior.

O calor é a principal causa de falha prematura nos equipamentos eletroeletrônicos.

"Estamos vivenciando a miniaturização dos componentes eletrônicos, que, ao mesmo tempo, oferecem uma potência cada vez maior, uma alta capacidade de processamento de dados, em alta velocidade. Tudo isso cria uma demanda térmica grande: Cada vez mais calor é gerado e, por isso, a degradação térmica dos dispositivos é comum. Existe, portanto, uma necessidade para que esse calor seja rapidamente dissipado a fim de, assim, termos melhores performance, durabilidade e confiabilidade da parte dos equipamentos," explicou o professor Stanislav Moshkalev, da Unicamp.

O material é um composto de materiais grafíticos, incluindo o grafeno, polímeros e aditivos, tudo processado a partir de partículas em escala nanométrica - é daí que vem o nome "nanocompósito".

Por serem excelentes condutores térmicos, os materiais grafíticos podem atender melhor à demanda da condução e de dissipação do calor do que os metais, por exemplo. Como o nanocompósito tem a textura de uma pasta, ela pode ser facilmente aplicado nos componentes eletrônicos e estruturas mais sujeitas ao aquecimento.

"Com o tempo, entendemos que a criação desse compósito, juntando as propriedades de vários componentes, inclusive grafeno, é extremamente inovadora e benéfica para a indústria de dispositivos, pois possibilita a união de caraterísticas - mecânicas, térmicas e elétricas - essenciais para esse mercado," destacou a professora Sílvia Nista, membro da equipe.

Múltiplos usos

Além dos componentes eletrônicos, o material deverá ajudar a extrair o calor de luminárias à base de LEDs, lasers e até das baterias elétricas usados em veículos.

Já tendo obtido a patente do material, a universidade agora está em processo de repasse da tecnologia à iniciativa privada, através da empresa Celera Fibras.

O acordo envolve a expansão dos testes, passando da escala laboratorial para a comercial, e a disponibilização do produto para possíveis clientes, com foco inicial nos mercados de iluminação e de veículos elétricos. A expectativa é que as primeiras amostras estejam disponíveis ainda neste ano, com uma possível entrada no mercado no início de 2024.

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