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Nanotecnologia

Nanotubos gigantes são 20 vezes mais fortes que fibra de carbono

Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/12/2008

Nanotubos gigantes são 20 vezes mais fortes que fibra de carbono
Imagem feita com microscópio de tunelamento eletrônico de um tubo de carbono colossal.
[Imagem: Sandia/LANL Center for Integrated Nanotechnologies]

Um nanotubo gigante? A idéia parece soar absolutamente contraditória, porque o termo nanotubo foi criado justamente para identificar tubos minúsculos, medidos na faixa dos nanômetros (bilionésimos de metro), possuindo poucos átomos de espessura.

Tubo de carbono colossal

Mas o professor Jianyu Huang, dos Laboratórios Sandia, nos Estados Unidos, deu um jeito na aparente contradição. Ele e seus colegas criaram um tubo de carbono mil vezes maior do que os nanotubos tradicionais, mas capaz de reter as principais características elétricas e mecânicas dos seus irmãos menores.

Para não criar maiores confusões, o professor Huang batizou o seu "nanotubo gigante" de tubo de carbono colossal. Esses grandes tubos de carbono têm dimensões na faixa dos micrômetros, ou seja, eles são, em média, mil vezes maiores do que os nanotubos.

Estruturas extraordinárias

"As estruturas são extraordinárias porque elas são leves, possuem boa condutividade elétrica e propriedades mecânicas similares aos nanotubos de carbono," explica o professor.

A grande vantagem dos tubos de carbono colossais é que eles são muito mais fáceis de fabricar, podendo ter suas propriedades exploradas comercialmente de forma muito rápida do que os nanotubos.

Mais forte que fibras de carbono

Entre as possibilidades de sua utilização estão a criação de circuitos eletrônicos embutidos em roupas, novas formas de geração de energia para equipamentos portáteis e na fabricação de peças ultrarresistentes para a indústria aeroespacial e automobilística.

Os tubos de carbono colossais também batem os seus equivalentes ainda maiores, as chamadas fibras de carbono. Eles são mais fortes mesmo sendo 20 vezes mais leves. Essa característica deve-se à sua surpreendente porosidade, com paredes de carbono parecidas com telas de galinheiro, ou seja, com mais vazios do que "cheios."

Bibliografia:

Artigo: Vacancy-hole and vacancy-tube migration in multiwall carbon nanotubes
Autores: J. Y. Huang, F. Ding, B. I. Yakobson
Revista: Physical Review Letters
Data: December 2008
Vol.: 78, 155436
DOI: 10.1103/PhysRevB.78.155436
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