Megan Fellman - 11/04/2008
Utilizando nanotubos metálicos, cientistas fabricaram películas semitransparentes, altamente condutoras de eletricidade, flexíveis e em uma grande variedade de cores, lembrando o vidro colorido.
Aplicações
As novas películas herdam dos nanotubos as imbatíveis propriedades mecânicas, termais, químicas, ópticas e elétricas, podendo ser utilizadas em uma infinidade de novos produtos de alta tecnologia, incluindo células solares e telas planas.
Entre as inúmeras aplicações propostas para os nanotubos, principalmente os de carbono, os filmes fabricados a partir desses nanomateriais chamaram recentemente a atenção dos pesquisadores justamente por serem, ao mesmo tempo, transparentes e condutores.
Filmes condutores e transparentes
Os filmes, também chamados de películas finas, feitos de material condutor, são utilizados como eletrodos em telas planas, telas sensíveis ao toque, LEDs e células solares. O material dominante hoje nestas aplicações é o óxido de índio- estanho, que vem sofrendo altas constantes de preços em razão da demanda crescente.
Filmes feitos com nanotubos, muito mais eficientes, poderão dar a esses produtos um novo patamar de economia de energia e rendimento, com ganhos principalmente na flexibilidade mecânica e na capacidade de configurabilidade óptica. A falta dessas propriedades tem impedido o uso dos filmes de índio-estanho em células solares e LEDs.
Nanotubos metálicos
Os filmes de nanotubos metálicos apresentam um aumento de 10 vezes na condutibilidade elétrica em comparação com outros filmes de nanotubos já desenvolvidos anteriormente. Isso deve a uma técnica conhecida como ultracentrifugação com gradiente de densidade, que produz nanotubos com propriedades elétricas e ópticas mais uniformes.
A nova técnica deu aos pesquisadores a capacidade para controlar o diâmetros dos nanotubos produzidos. É essa característica que dá a cor aos filmes finos. A foto mostra películas feitas com nanotubos medindo entre 0,9 e 1,6 nanômetros de diâmetros.