Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/04/2017
Gerador de origami
Este é o protótipo mais recente no campo dos nanogeradores triboelétricos, e vem com uma vantagem significativa em relação aos seus antecessores: ele consegue recarregar rapidamente, com algumas dezenas de ciclos de "bombeamento".
Com uma estrutura totalmente em papel e com um projeto baseado na técnica de origami, o nanogerador foi criado por Hengyu Guo e seus colegas do Instituto de Nanoenergia e Nanossistemas de Pequim, na China.
O objetivo é usar a energia mecânica que nos circunda a todo momento - dos nossos passos, dos batimentos do nosso coração ou mesmo de uma brisa leve - para flexionar o gerador e produzir eletricidade suficiente para alimentar equipamentos de baixo consumo, como relógios e sensores.
A ideia do papel e de sua dobradura em origami surgiu porque a maioria dos nanogeradores ainda é pesada, incompatível com os usos que se tem em mente, e demoram muito para recarregar.
Eletricidade a preço de ouro
Depois de escolher um projeto de origami fácil de flexionar, Guo recobriu o papel com diferentes materiais. As superfícies internas são revestidas com ouro e um filme de etileno-propileno fluorado, compondo o nanogerador propriamente dito. Os quatro lados externos são recobertos com nanopartículas de ouro e grafite, formando o elemento supercapacitor que armazena a eletricidade.
Ficar pressionando o dispositivo por alguns minutos carrega o nanogerador com até 1 volt, suficiente para operar um controle remoto, um sensor de temperatura ou um relógio.
Ou seja, ao menos por enquanto, é apenas eletricidade a preço de ouro, mas a comunidade científica vem apostando em peso de que o futuro de dispositivos como os que comporão a Internet das Coisas e os sensores ambientais, cada vez mais utilizados, serão alimentados com alguma versão aprimorada de um nanogerador, dispensando a troca de baterias ou as fiações.