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Institutos de inovação vão pesquisar pintura de carros que se autorregenera

Com informações da Agência Brasil - 22/10/2013


A tecnologia que permitirá a pintura de carro se autorregenerar quando riscada será uma das aplicações pesquisadas pelo Instituto Senai de Inovação (ISI).

A inovação usa aplicações de nanocápsulas contendo tinta e um catalisador, liberados apenas quando a pintura é riscada. A recuperação pode alcançar até 85% dos danos.

Chamada de "autocicatrizante", a tecnologia da tinta autorregenerativa em estudo pelo instituto é aplicada no mercado automobilístico externo. O produto poderá ser aplicado em superfícies de carros, eletrodomésticos, como geladeiras e fogões, cosméticos - em esmaltes para unhas - e até em móveis.

"A tecnologia libera uma tinta internamente e, após alguns segundos ao ser riscado, o carro estará novamente como antes, sem o risco. É uma aplicação bem prática", explicou o pesquisador-chefe do ISI-Paraná, Marcos Berton.

Uma versão nacional dessa tecnologia já foi desenvolvida na USP.

Além da tinta, outras soluções ainda inéditas no país serão pesquisadas pelo instituto. O centro de pesquisa atuará nas áreas de eletroquímica, meio ambiente, materiais e nanotecnologia. Poderão ser pesquisadas soluções para indústria automotiva, de óleo e gás, mineradora, metal-mecânica, de construção civil, de sistemas e geração e armazenamento de energia e o desenvolvimento de sistemas para área de meio ambiente, saúde humana e animal.

Em outra linha de pesquisa está a análise de líquidos por sensores eletroquímicos. Poderão ser analisados a qualidade da água ou do leite. O instrumento estará a disposição da indústria como ferramenta de controle.

Institutos de inovação

Ao todo, serão criados 24 institutos Senai de Inovação em 14 estados do país até o final de 2015. As estruturas atenderão a demandas específicas das empresas e indústrias de pequeno, médio e grande porte.

De acordo com o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, a rede de laboratórios permitirá que o conhecimento de testes e serviços de alto valor agregado fiquem no Brasil.

"O Brasil se destaca entre os países emergentes, mas ainda está em uma posição intermediária. A balança comercial tecnológica é deficitária em R$ 30 bilhões, o mesmo que o país gasta por ano com seguro-desemprego. Importa-se muito e o que se exporta ainda é de baixa tecnologia. Neste aspecto, o conhecimento gerado fica no país de origem. É importante que cérebros brasileiros desenvolvam competências para empresas brasileiras", disse Lucchesi.

O diretor-geral destacou ainda que o perfil dos pesquisadores dos institutos é diferente do encontrado na academia. "O tempo de resposta que a empresa precisa é diferente, o prazo tem que ser mais ágil e rápido", disse.

Indústrias, coletivos empresariais e empreendedores poderão solicitar pesquisas para o instituto, que vai analisar a viabilidade e terá até 20 meses para dar respostas e soluções. As redes podem se interligar para desenvolver tecnologias mais avançadas ou integradas.

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