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Plutão pode ter vulcões de gelo

Com informações da BBC - 10/11/2015

Plutão pode ter vulcões de gelo
Os possíveis criovulcões: Senhor Wright (em cima) e Senhor Piccard (embaixo). As cores indicam a altitude: azul é mais baixo, verde é intermediário e marrom é alto.
[Imagem: NASA/JPL/HUSWRI]

Criovulcanismo

Astrônomos da NASA acreditam ter identificado dois possíveis "vulcões de gelo" na superfície de Plutão.

Eles foram localizados em imagens enviadas pela sonda New Horizons, que passou pelo planeta-anão em julho.

Enquanto os vulcões da Terra expelem rocha derretida, os de Plutão - se é isso mesmo que eles são - liberariam uma mistura gelada, parcialmente derretida, de substâncias como água, nitrogênio e metano.

Se o criovulcanismo for comprovado, será uma descoberta notável. A ocorrência do fenômeno já havia sido sugerida em vários outros corpos do Sistema Solar exterior, mas sem nada convincente ser detectado.

Os dois candidatos a vulcões de Plutão foram encontrados a sul da Planície Sputnik, região lisa no equador do planeta.

Vulcões-escudo

As montanhas têm alguns quilômetros de altura e dezenas de quilômetros de diâmetro. Elas têm sido informalmente chamadas de Senhor Wright e Senhor Piccard. Sua forma lembra a dos vulcões-escudo, extensos vulcões formados por repetidas erupções de fluídos de baixa viscosidade.

Assim como suas supostas caldeiras, essas formações apresentam textura irregular em seus flancos, o que pode representar antigos "rios de lava gelada", segundo os cientistas da NASA.

O quão recente estiveram em atividade, ninguém sabe dizer.

"É espantoso que, em toda a exploração que fizemos, as construções mais próximas disso na vizinhança estejam em Marte," afirmou o professor Alan Stern. "Não vimos nada como isso em todos os mundos do Sistema Solar médio. É realmente incrível."

Horizontes distantes

Já se passaram 120 dias desde que a New Horizons fez seu histórico sobrevoo sobre o planeta-anão e suas luas. Até agora, apenas cerca de 20% dos dados colhidos durante suas observações chegaram até a Terra.

Assim, espera-se descobertas e novidades por vários meses, à medida em que esses dados são baixados.

A sonda já ultrapassou agora 140 milhões de km no Sistema Solar externo, cerca de 5 bilhões de quilômetros da Terra.

Na semana passada, foi comandado o último disparo do motor que colocou a aeronave em seu curso em direção ao novo alvo, a ser alcançado em 2019. O objetivo é chegar até um corpo gelado muito menor, chamado de 2014 MU69.

A estimativa é que ele não tenha mais de 45 km de diâmetro, mas espera-se que a New Horizons se aproxime mais desse objeto do que ocorreu com Plutão - foram 12,5 mil km de distância.

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