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Presidente da Finep explica Plataformas do Conhecimento

Com informações da Unicamp - 08/08/2014


O Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento (PNPC) foi instituído pela presidente Dilma Rousseff através do decreto 8.269, de 25 de junho último, com o ambicioso objetivo de aproximar o Brasil da fronteira do conhecimento.

"Apesar do salto conseguido nos últimos anos, é fundamental que não pensemos apenas em fazer mais do mesmo", afirmou Glauco Arbix, presidente da Finep, durante apresentação do programa a pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas - SP).

O programa visa articular a produção gerada nas universidades e instituições de pesquisa, das empresas e as ações governamentais.

Uma das metas é criar, no prazo de 10 a 20 anos, plataformas de conhecimento em áreas como agricultura, saúde, energia, aeronáutica, indústria naval e tecnologia da informação e comunicação, dentre outras.

Também estão previstas medidas para atrair profissionais altamente qualificados do exterior, dotar as instituições (inclusive a serem criadas) de infraestrutura de pesquisa de classe mundial, viabilizar e apoiar o trabalho em rede, com ancoragem institucional nas várias plataformas, dotar as plataformas de regime especial de compra e contratação de pessoal e envolver e facilitar o acesso à pesquisa de ponta para gerar novos talentos.

Ambição científica e tecnológica

O presidente da Finep defende que "não fazer mais do mesmo" é uma questão chave para impulsionar a pesquisa em ciência, tecnologia e inovação nas universidades e nas empresas. "Sem concentrar esforços e investimentos, sem aumentar e elevar a ambição científica e tecnológica, sem modificar a escala do que produzimos, nós vamos viver uma situação de apuro muito grande, pois este descompasso só tende a crescer. Este programa traz mudanças muito profundas, em todos os níveis."

Segundo Glauco Arbix, as plataformas do conhecimento são arranjos público-privados para adquirir competências com base em uma infraestrutura de ciência, tecnologia e inovação de última geração.

"Isso é muito diferente de simplesmente construir uma rede, pois está ancorado numa instituição-mãe que pode ser nucleadora de empresas, centros de pesquisa e redes nacionais e internacionais. Enfatizo a questão da internacionalização por acreditar que, em várias áreas da nossa ciência, não conseguiremos dar o salto de que precisamos isoladamente, só com brasileiros," disse.

Outro aspecto do PNPC ressaltado pelo presidente da Finep é a inversão de uma lógica que pauta a ciência e a produção de tecnologia no Brasil há décadas.

"Salvo experiências isoladas, a lógica não é da resolução de problemas. Normalmente, a lógica vem das universidades e das empresas para as agências de fomento ou para o BNDES. A inversão é que, agora, quem pauta a demanda é o poder público, conforme temas de interesse para a ciência, a economia e a sociedade, como por exemplo, o desenvolvimento de uma vacina. O Estado é que pauta por decreto, abre a concorrência pública e os candidatos se articulam como for necessário e de acordo com a lei," explicou.

Dinheiro não falta

Arbix observa que estão sendo feitas mudanças bastante profundas e em todos os níveis, com a multiplicação por sete do orçamento voltado à inovação e a criação de 12 famílias de projetos temáticos.

"Um programa na área de fármacos pretende formar uma verdadeira indústria brasileira, hoje com ação muito calcada em medicamentos genéricos. Só na área de biofármacos, a Finep está investindo 2 bilhões de reais. Estamos falando de projetos de um bilhão de reais para dez anos - nunca ouvi alguém dizer que coordenou um projeto deste porte," informou.

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