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Protótipo de fazenda espacial na Antártica faz primeira colheita

Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/05/2018

Protótipo de fazenda espacial na Antártica faz primeira colheita
O protótipo de fazenda espacial fica totalmente isolado do ambiente externo, que pode chegar aos -60ºC, sem contar as tempestades.
[Imagem: DLR]

Fazenda espacial

A Agência Espacial Alemã (DLR) divulgou imagens da primeira colheita realizada na estação experimental Eden ISS, instalada ao lado da Estação Neumayer III, na Antárctica.

O objetivo da Eden ISS é mostrar a viabilidade da produção de alimentos em ambiente confinado para uso dos astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) e, no futuro, nas bases da Lua e de Marte.

As plantas serão cultivadas por um processo chamado aeroponia, no qual a água enriquecida com nutrientes é disponibilizada às plantas por meio de um sistema controlado por computador, dispensando completamente qualquer tipo de solo ou substrato. Além de evitar problemas de contaminação, o cultivo aeropônico permite que a água seja reutilizada continuamente.

Protótipo de fazenda espacial na Antártica faz primeira colheita
Uma iluminação especial à base de LEDs garante plantas saudáveis.
[Imagem: DLR]

A primeira colheita rendeu 3,6 quilos de alface, 70 rabanetes e 18 pepinos, que já estão enriquecendo a dieta da tripulação que se prepara para passar o inverno na estação antártica.

Várias outras plantas já estão crescendo na estufa, incluindo mais rabanetes e pepinos, outras variedades de alface, tomate, pimentão e ervas (manjericão, salsa, cebolinha e coentro). Os morangos serão a última cultura a ser testada.

A expectativa é que a produção entre em fase totalmente operacional já neste final de Maio, com a produção de alimentos de forma ininterrupta, com uma colheita prevista para quatro a cinco quilogramas de vegetais frescos por semana.

Protótipo de fazenda espacial na Antártica faz primeira colheita
Aspecto externo da fazenda espacial.
[Imagem: DLR]

Paul Zabel, o horticultor high-tech da DLR, afirma gastar de três a quatro horas por dia cuidando das plantas na estufa, que fica a aproximadamente 400 metros da Estação Neumayer III. O trabalho consiste principalmente na verificação dos sistemas técnicos e atividades típicas de um agricultor, como podar as plantas, fazer a colheita e semear as novas culturas.

O centro de controle do Instituto DLR, na Alemanha, também monitora o cultivo das plantas remotamente. A equipe é a única responsável pelo monitoramento da estufa em dias de tempestades particularmente fortes, quando Zabel sequer consegue sair da estação. Mas a presença do horticultor humano não pode ser dispensada por mais do que três dias.

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