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Robótica

Robô-inseto salta da superfície da água

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/08/2015

Robô-inseto salta da superfície da água
A novidade é que os robôs-insetos se aproximaram das dimensões dos insetos reais.
[Imagem: Seoul National University]

Aranha d'água

Experimentos com robôs que flutuam e saltam da água não são exatamente uma novidade.

Eles são geralmente inspirados nos insetos aquáticos da ordem Hemiptera e família Gerridae.

Existem milhares de espécies desses insetos ao redor do mundo. No Brasil eles são conhecidos como aranhas d'água ou insetos-jesus, porque conseguem andar sobre a água.

A novidade é que o novo robô biomimético saltitante aproximou-se das dimensões do inseto de verdade. Foram necessários inúmeros experimentos de tentativa de erro até conseguir que o robô imitasse o inseto.

Catapulta com torque reverso

Comparando os protótipos do robô com os insetos de verdade, a equipe descobriu que a melhor forma de saltar da água era manter a perna do robô em contato com a água o maior tempo possível durante o movimento que dá a impulsão e finalmente leva ao salto.

"A superfície da água precisa ser pressionada na velocidade correta, por um período adequado de tempo, até uma certa profundidade, a fim de conseguir o salto," explica Kyu Jin Cho, da Universidade Nacional de Seul.

Isto permite que o inseto - e o robô que o imita - exerça uma pressão que se aproxima do limite da tensão superficial da água.

A aranha d'água faz tudo naturalmente, mas sistema que o robô utiliza foi batizado pelos pesquisadores de "mecanismo de catapulta com torque reverso", um sistema semelhante ao usado no salto das pulgas.

Robô-inseto salta da superfície da água
O robô é uma estrutura puramente mecânica, feita de metal e materiais compósitos.
[Imagem: Seoul National University]

Insetos robóticos

O robô foi construído com uma técnica similar à utilizada na produção de livros 3D, cujas páginas se abrem para formar uma estrutura tridimensional. A estrutura metálica fica tensionada, sendo disparada por um gatilho de fibras poliméricas.

"Os insetos robóticos resultantes podem alcançar o mesmo momento e altura que podem ser gerados durante um salto rápido de superfícies duras - mas eles fazem isso na água, dispersando o impulso do salto por um longo período de tempo e mantendo um contato prolongado com a superfície da água," disse o professor Robert Wood, cuja equipe já havia construído o primeiro inseto robótico a fazer um voo controlado.

Bibliografia:

Artigo: Jumping on water: Surface tension-dominated jumping of water striders and robotic insects
Autores: Je-Sung Koh, Eunjin Yang, Gwang-Pil Jung, Sun-Pill Jung, Jae Hak Son, Sang-Im Lee, Piotr G. Jablonski, Robert J. Wood, Ho-Young Kim, Kyu-Jin Cho
Revista: Science
Vol.: 349 no. 6247 pp. 517-521
DOI: 10.1126/science.aab1637
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