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Rússia oferece recompensa para quebra da rede anônima Tor

Com informações da BBC - 30/07/2014


A Rússia está oferecendo uma recompensa de 3,9 milhões de rublos (o equivalente a R$ 242 mil) para quem descobrir uma forma de identificar os usuários da rede online Tor.

Esta rede gratuita permite que uma pessoa se conecte anonimamente à internet, sem revelar sua identidade ou localização, ao redirecionar a conexão por uma série de computadores e aplicar criptografia às mensagens trocadas por meio dela.

A Tor é usada diariamente por 500 mil pessoas, em média. A maioria está nos Estados Unidos e no Brasil, que tornou-se, em meados de 2013, o segundo país que mais usa a Tor.

Segundo o jornal britânico The Guardian, a Rússia é o quinto país em números de usuários, com mais 210 mil.

Os participantes do concurso promovido pelo governo russo devem ser cidadãos russos e enviar suas propostas até 13 de agosto.

Espionagem digital

A rede Tor ganhou destaque após o escândalo envolvendo a espionagem digital promovida pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos.

O autor das denúncias, o norte-americano Edward Snowden, está atualmente asilado na Rússia e usa uma versão do programa Tor para se comunicar.

Os documentos vazados por Snowden trazem indícios de que a NSA e sua equivalente britânica, GCHQ, tentaram por diversas vezes quebrar o anonimato conferido pela rede Tor.

No início de julho, o Parlamento russo aprovou uma lei que requer que empresas de internet armazenem os dados de usuários russos em centros de dados no próprio país.

Mocinhos e bandidos

A rede foi originalmente criada pelo Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos e é usada por pessoas para enviar informações pela internet sem serem rastreadas.

Entre seus usuários, estão tanto jornalistas e policiais quanto criminosos envolvidos com atividades como tráfico de drogas e abuso de menores.

Em seu relatório financeiro, a ONG que gere a rede confirmou que o Departamento de Defesa norte-americano está entre os seus maiores apoiadores, tendo enviado no ano passado US$ 830 mil para o projeto por meio de um centro de pesquisa independente.

Outras áreas do governo norte-americano contribuíram com mais US$1 milhão para a manutenção da rede.

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