Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/08/2019
Sinais de trânsito luminosos
Um filme que reflete a luz de uma forma inusitada pode ser usado para fazer sinais de trânsito que brilham intensamente e mudam de cor de acordo com a iluminação.
A tecnologia poderá ajudar a chamar a atenção para informações de tráfego no escuro, com benefícios para motoristas e pedestres.
"Você pode usar este material para fazer sinais de trânsito inteligentes," disse Qiaoqiang Gan, da Universidade de Buffalo, nos EUA. "Se uma pessoa está ouvindo música alta ou não está prestando atenção enquanto está andando ou dirigindo, um sinal que muda de cor pode ajudar a alertá-la melhor sobre a situação do trânsito."
O filme consiste em microesferas poliméricas depositadas no lado adesivo de uma fita transparente. A estrutura física do material leva a um fenômeno interessante: quando a luz branca incide sobre o filme à noite, alguns observadores verão uma única cor estável refletida de volta, enquanto outros verão as cores mudarem.
O efeito depende do ângulo de observação e se a fonte de luz - como o farol de um carro - está se movendo e a que velocidade.
Indicadores de segurança
Em um conjunto de experimentos, os pesquisadores criaram um sinal de limite de velocidade e, quando um carro em alta velocidade passava, a cor dos caracteres no sinal parecia piscar do ponto de vista do motorista à medida que seu ângulo de visão mudava.
Em outro teste, o material foi aplicado a uma série de marcadores horizontais ao lado de uma estrada, marcando o limite da pista de direção. Quando um carro se aproximava, os marcadores se iluminavam em cores brilhantes, refletindo a luz dos faróis do veículo.
Do ponto de vista do motorista, a cor dos marcadores permaneceu estável. Mas, para um pedestre parado ao lado da estrada, a cor dos marcadores parecia piscar conforme o carro e seus faróis se aproximavam e passavam a toda velocidade.
"Se o carro vai mais rápido, o pedestre vai ver mudanças de cores mais rápidas, então o sinal diz muito sobre o que está acontecendo," disse o pesquisador Haomin Song, membro da equipe.