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Steve Jobs não inventava, inovava

Geraldo Xexéo - Planeta Coppe - 07/10/2011

Steve Jobs não inventava, inovava
Jobs não inventava, inovava.
[Imagem: Apple]

A criação do computador é um dos fatos econômicos mais importantes do século 20. Steve Jobs estava no centro dessa revolução. Na verdade, para muitos, Jobs era uma espécie de 'Che Guevara' da revolução dos computadores pessoais. Um líder obstinado, implacável e com um carisma imenso. Suas apresentações de novos produtos são lendárias. Sua palestra em Stanford em 1995 é um dos memes mais conhecidos da internet.

Um líder obstinado, implacável e com um carisma imenso. Suas apresentações de novos produtos são lendárias

Jobs não inventava, ele era a locomotiva que transformava inventos que encontrava ou que achava serem possíveis em produtos desejados. Foi ele que empurrou Steve Wosniak para criar um computador barato e simples que todos queriam ter em casa, o Apple II, a semente para tudo que veio depois. Wosniak era o cérebro, Jobs o coração.

Criada a Apple, Jobs garantiu que ela seria uma empresa única. Nunca permitiu que fosse copiada ou que seus produtos se transformassem em commodity. Ele não queria só dominar o mercado, queria definir o mercado. Foi Jobs quem lançou o Apple MacIntosh, agora 'Mac' para os íntimos. Se você está acostumado a clicar no seu Windows, ou no seu Linux, agradeça a Jobs por ter viabilizado uma invenção que era adorada por cientistas, mas considerada imatura para os pobres mortais.

Com o Mac, nós aprendemos a clicar. Com um comercial lendário baseado no livro 1984, o Mac se tornou em uma noite o símbolo da resistência à computação sem graça. Era o computador dos artistas, de quem era cool. Mais tarde, despedido - sim, alguém, um dia, teve coragem de despedir Steve Jobs -, ele resolveu que não ia se deixar abater e criou duas empresas: a NeXT, com um computador lindo, que é a origem do novo Mac OS, e a Pixar.

Como se não bastasse saber fazer computadores, Jobs provou que computadores podiam fazer animação de altíssima qualidade. Toy Story - primeiro longa-metragem dos estúdios Pixar e pioneiro na aplicação da computação gráfica no cinema - é um marco que mudou o mercado de animação. Tanto a NeXT quanto a Pixar foram compradas, a primeira pela própria Apple e a segunda, pela Disney, que de 'professora' virou 'aluna' no quesito animação.

E Jobs voltou para uma Apple falida para lançar no mercado uma sequência de produtos e conceitos que terão impacto por anos: computadores com design fantástico, iPods de vários tamanhos, iTunes Store, iPhone e iPads. Resultado: a Apple se tornou a empresa de maior valor no mercado, mesmo sem estar montada em galões de petróleo.

Seu segredo? Jobs não inventava, inovava. Tudo já existia, mas não daquele jeito, não com aquele design, não com aquele charme. Jobs parecia ser a única pessoa da indústria que transformava tecnologia em moda, gadgets em objetos de desejo. Seus produtos são fáceis de usar e difíceis de largar.

Como li no Twitter, Steve Jobs deu upgrade. E quando me perguntaram se o mundo vai parar porque Jobs se foi, eu tive que dizer que não, o mundo continua a rodar, mas certamente perdeu um pouco da sua graça.

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