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Eletrônica

Superbits são magneticamente mais independentes

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/04/2012

Superbits são magneticamente mais independentes
Imagens por microscópio eletrônico dos superbits (acima) e da seção da estrutura (embaixo). Os superbits são feitos de uma liga de cobalto-paládio.
[Imagem: IOP]

Endereçamento direto

Engenheiros de Cingapura desenvolveram uma técnica de fabricação de bits magnéticos que permite o endereçamento direto de cada bit.

Segundo suas demonstrações iniciais, um disco rígido fabricado com a nova técnica pode alcançar uma densidade de armazenamento de 3,3 terabits por polegada quadrada, mais de seis vezes a densidade atual.

O resultado é superior ao obtido com os discos rígidos salgados e com as torres de informação 3-D, duas técnicas demonstradas recentemente.

Tecnologia dos discos rígidos

Cada bit de um disco rígido é formado por dezenas de grãos magnéticos nanoscópicos, que são dispostos de forma um tanto aleatória sobre os pratos do disco.

Há duas possibilidades de aumentar a densidade de gravação: reduzir o tamanho das partículas magnéticas ou reduzir o número de partículas por bit.

Infelizmente, é consenso geral na indústria que nenhuma das duas abordagens conseguirá superar o limite de 1 terabit por polegada quadrada.

Superbits magnéticos

Joel Yang e seus colegas do Instituto ASTAR agora apresentaram uma terceira via, uma abordagem alternativa que eles chamaram de BPM (bit-patterned media).

Ao contrário das médias granulares, a BPM é composta por conjuntos ordenados de "superbits" individuais, bem maiores do que os grãos dos bits magnéticos atuais, mas com a vantagem de poderem ser endereçados individualmente.

Isso reduz muito o ruído na gravação e na leitura, graças à "independência" dos superbits, que operam individualmente, permitindo aumentar a densidade de armazenamento.

E a técnica de fabricação dispensa a gravação litográfica, uma possibilidade que vem sendo aventada pela indústria, mas que é cara demais.

Testes para valer

Os pesquisadores fabricaram protótipos com sua técnica BPM que atingiram até 3,3 terabits por polegada quadrada, o equivalente a um "passo" de leitura de 15 nanômetros.

"A resolução da nossa técnica é maior do que os processos de litografia por feixe de elétrons porque usamos um processo em solução salina que produz estruturas nanopostes-resiste com uma densidade de até 15 nanômetros," disse Yang.

Nos testes para valer, de leitura e escrita, a melhor confiabilidade foi obtida com superbits de 20 nanômetros, o que equivale a 1,9 terabit por polegada quadrada.

Bibliografia:

Artigo: Fabrication and characterization of bit-patterned media beyond 1.5 Tbit/in2
Autores: Joel K W Yang, Yunjie Chen, Tianli Huang, Huigao Duan, Naganivetha Thiyagarajah, Hui Kim Hui, Siang Huei Leong, Vivian Ng
Revista: Nanotechnology
Vol.: 22, 385301
DOI: 10.1088/0957-4484/22/38/385301
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