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Mecânica

Tecnologia automotiva impede que transformadores explodam

Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/01/2015

Tecnologia automotiva impede que transformadores explodam
Um curto-circuito produzido intencionalmente em laboratório mostra os danos causados pela explosão de um transformador a óleo de 200 kVa (esquerda). À direita, o mesmo teste realizado em um transformador com o novo projeto de tanque deformável.
[Imagem: SINTEF]

Explosão em transformadores

A mesma tecnologia empregada para fazer com que os carros se deformem durante um acidente, para preservar o habitáculo e a integridade dos passageiros, está sendo usada para evitar acidentes com transformadores.

Os transformadores são uma parte essencial do sistema de distribuição elétrica, e estão por toda parte, podendo ser vistos no alto dos postes praticamente a cada quarteirão.

O problema é que, quando algo sai errado, eles podem explodir, não apenas interrompendo o fornecimento de energia, mas também trazendo prejuízo certo e risco de incêndios.

Quando ocorre um curto-circuito nas bobinas do transformador - por sobrecarga ou desgaste do equipamento, por exemplo -, forma-se um arco voltaico que induz a formação de gás e um aumento de pressão interna.

Junte-se a isso o fato de que os transformadores são construídos dentro de tanques de aço rígido e está pronto o cenário para uma potencial explosão - os tanques são necessários porque os transformadores são envoltos em óleo, que é inflamável, para refrigeração e isolamento, além de reduzir as perdas de energia em comparação com os transformadores secos.

Transformadores deformáveis

"O risco de explosão pode ser reduzido se a indústria mudar para caixas mais 'macias', que absorvam energia da mesma forma que os modernos monoblocos dos automóveis," explica Hakon Nordhage, do Instituto Sintef, na Noruega.

"Nossa ideia é projetar os tanques dos transformadores de tal forma que eles se expandam quando sua pressão interna aumentar, sem que a expansão resultante implique no aumento de tensão em pontos fracos," explicou o engenheiro.

Nordhage e seus colegas já construíram os primeiros protótipos de invólucros deformáveis para transformadores e os resultados foram encorajadores.

Além de minimizar o risco de explosão catastrófica, as zonas mais moles de deformação dão mais tempo para que os relês automáticos desconectem o transformador da rede e reduzam o risco de incêndio.

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