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TV Brasil vai incluir mais conteúdos de ciência em sua programação

Vladimir Platonow - 27/05/2008


A presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Tereza Cruvinel, afirmou que é necessário incluir mais conteúdos científicos na grade de programação da TV Brasil. Ela participou do debate "Educação Universal - Desafios a Enfrentar", durante a Reunião Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ).

Programação científica na TV

"É uma tarefa nossa termos programas de difusão científica, mas que não sejam em linguagem cifrada. É preciso traduzir a relação da ciência com a vida do cidadão. Isso é um desafio, a nossa grade hoje não tem programa próprio sobre o assunto e a televisão tem que fazer isso para conectar as pessoas com a ciência de uma forma mais prática", disse Tereza Cruvinel.

A programação científica televisiva vai desde ensinar a população a se alimentar melhor até levar ao conhecimento de todos os últimos avanços da ciência e da tecnologia, destacou a presidente da EBC. "Nós já temos bons programas sobre saúde, mas que ainda podem ser aperfeiçoados."

O papel da TV Pública frente à desigualdade

A presidente da EBC também considerou importante a penetração cada vez maior da comunicação pública nas periferias e regiões metropolitanas. Ela reconheceu que isso depende de uma logística própria e requer mais recursos financeiros.

"Temos que buscar esse papel, mas existem dificuldades por ainda não dispormos de um orçamento que permita, por exemplo, implantarmos unidades nesses lugares. Ainda assim, é necessário que se façam esforços para contornarmos essas dificuldades e estarmos presentes nessas comunidades. O Brasil distante tem que vir para a televisão pública." O encerramento da Reunião Regional da SBPC, que também ocorreu em Duque de Caxias, contou com a participação do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias. Ele destacou a grande participação durante os dias do evento, realizado no Sesc da cidade.

"Só hoje passaram por aqui 15 mil pessoas, principalmente estudantes. Precisamos nos esforçar para que esses jovens da Baixada Fluminense cheguem à universidade e se formem doutores ou profissionais liberais. Nós não aceitamos mais essa divisão do trabalho, em que nossa juventude é excluída da vida universitária."

Ditadura da falta de alternativas

O ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, fez a palestra de encerramento do evento, falando sobre as alternativas nacionais. "O mundo todo tem uma ditadura de falta de alternativas e, ansiosamente, busca um novo caminho, que cumpra as promessas revolucionárias da democracia e que levante e capacite as pessoas comuns."

Segundo ele, o foco do conflito ideológico que dominou os últimos dois séculos está mudando. "O velho conflito, entre o Estado e o mercado, o estatismo e o privatismo, está morrendo. E começa a ser substituído por um novo conflito, a respeito das formas institucionais alternativas, da economia de mercado, da democracia política e da sociedade civil livre."

Mangabeira afirmou que a construção do Brasil deve ser feita em rumo próprio, diferente das formas encontradas pelos países do hemisfério norte. "O Brasil sempre cresceu por meio de setores favorecidos e internacionalizados de sua economia, que geravam riqueza e uma parte muito pequena dela era usada para financiar programas sociais. Agora a ampliação de oportunidades econômicas e educativas é o próprio motor do crescimento."

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